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Brasil vê ordem de prisão contra opositor de Maduro com preocupação

04 de Setembro de 2024 | 11h 14
Brasil vê ordem de prisão contra opositor de Maduro com preocupação
Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

A decisão da Procuradoria-Geral da Venezuela de determinar a prisão de Edmundo González Urrutia, um dos líderes da oposição ao governo de Nicolás Maduro, gerou incômodo de natureza diplomática em diversos países. Por meio de nota, assinada conjuntamente com a Colômbia, o Brasil manifestou “profunda preocupação” com o fato.

Divulgado na noite dessa terça-feira (3), o documento enfatiza que o pedido de prisão de González afeta os compromissos assumidos nos Acordos de Barbados, quando governo e oposição, mediados pela Noruega, firmaram compromissos envolvendo um processo eleitoral democrático no país sul-americano.

Para ambos os países, a determinação dificulta, ainda mais, a resolução do conflito. “Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro. Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”, diz o texto.

A ordem de prisão contra Urrutia foi emitida após o mesmo não comparecer, pela terceira vez consecutiva, à sede do Ministério Público para explicar a publicação de supostas atas eleitorais que dariam a vitória a ele nas eleições ocorridas no último dia 28 de julho.

Segundo os opositores de Nicolás Maduro, mais de 80% das atas de votação foram divulgadas na internet e que as mesmas, supostamente, comprovariam a vitória de González Urrutia. O presidente reeleito, no entanto, acusa a oposição de falsificar mais de 9 mil atas publicadas na rede.

Órgão responsável pela divulgação do resultado das eleições, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou que Maduro venceu o pleito. Contudo, também não divulgou as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação. O governo, porém, entregou os documentos ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), no dia 9 de agosto.

 




*Com informações da Agência Brasil.



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