A guerra de dois anos
em Gaza é um desses episódios de barbárie humana que não pode ser esquecido.
Iniciada com o ataque selvagem do grupo terrorista Hamas contra Israel, o grupo
executou jovens, sequestrou, violou mulheres, decapitou bebês, atingindo mais
de 1.200 civis. Em seguida, executou reféns. Isso levou Israel a desencadear
uma "ira santa" como resposta, que culminou na destruição total de
Gaza e na morte de mais de 60.000 palestinos, incluindo crianças. Embora se
argumente que a maioria fosse de terroristas, nem todos eram, afinal, o
primeiro-ministro de Israel foi considerado criminoso de guerra pelo Tribunal
Penal Internacional (TPI).
O Hamas explorava a população palestina, desviava recursos
para a sua guerra, usava o povo como escudo humano e construía túneis sob
hospitais. Não há nenhum tipo de concessão a ser feita a um grupo terrorista
que faz isso contra civis, assim como criticar os excessos de Israel não é
antissemitismo ou antisionismo.
É de conhecimento público e notório que Netanyahu precisa da
guerra para escapar da pressão interna e da investigação da Suprema Corte sobre
corrupção, que certamente irá enfrentar após o fim do conflito.
A guerra parecia interminável, mas após contato com vários
países do Oriente Médio, o presidente americano, Donald Trump, conseguiu o que
parecia impossível: um acordo de paz com a libertação dos reféns ainda vivos.
No total, 20 reféns homens foram libertados, e nenhuma mulher, já que todas
foram violentadas e mortas.
Ainda há muitas variáveis que podem interferir no
cumprimento do acordo, mas foi uma demonstração de poder do americano que não
pode deixar de ser reconhecida.
Quando Maria Corina Machado foi impedida de concorrer na
eleição venezuelana, Lula disse que ela deveria parar de chorar, defendendo seu
amigo, o ditador Nicolás Maduro. A eleição foi uma fraude, sobre a qual o
governo brasileiro não se manifestou, apesar de o resto do mundo não reconhecer
a vitória do ditador.
Agora, o Prêmio Nobel da Paz foi dado a Maria Corina por sua
luta pela liberdade do povo venezuelano
e a coragem de enfrentar a ditadura instalada por lá, com suas milícias e
execuções. O governo brasileiro, até o momento, está em silêncio, sem nenhuma
manifestação oficial, em um gesto vergonhoso que sequer reconhece a primeira
mulher da América do Sul a ganhar esse prêmio.
O apreço de Lula pela ditadura daquele país é histórico e de
longo prazo. Ele já a defendeu em várias ocasiões, recebeu Maduro no Brasil com
todas as honras. Já disse que havia "eleição demais na Venezuela";
que Maduro precisava de sua própria narrativa, entre outros apoios. É um
compromisso ideológico e inescrupuloso, pois sequer leva em conta os milhões de
refugiados que estão no Brasil.
Há, no entanto, um mérito: Lula não disfarça, não esconde
sua cumplicidade ideológica que “passa pano” para todos os crimes do ditador
Nicolás Maduro!
A formação da chapa governista para a próxima eleição tornou-se um jogo de xadrez e uma disputa feroz, apesar do clima de "todo mundo junto e de acordo". As pesquisas — ao menos as que chegam ao público — mostram Rui Costa e Wagner na liderança ao Senado, o que obrigaria o descarte do Senador Ângelo Coronel, aliado do Senador Otto Alencar. Coronel já reagiu publicamente ao descarte, embora saibamos que a decisão final passa por seu líder, Otto Alencar.
É evidente que descartar Wagner, que tem grande inserção no
governo e é uma liderança histórica do PT, não passa de uma especulação
irrealista, apesar de sua eventual dificuldade física do momento. É certo que
há tempos ele não "bate boca de calça", como se diz popularmente,
pelo eleitor, mas sua intenção de voto nas pesquisas o coloca logo atrás de
Rui.
O atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, vem sendo
acossado pelas denúncias do caso dos respiradores da pandemia, comprados e
nunca entregues, que se tornou um escândalo nacional, com publicações recentes
nos jornais do Sul e na revista Veja. Não se pode duvidar de "fogo
amigo", ou não tão amigo assim, já que a imprensa sempre publica que ele
coleciona desafetos no Planalto. Pelo sim, pelo não, certamente que Rui prefere
a proteção do mandato de Senador do que continuar ministro do governo Lula. O
Senado, como disse o ex-senador e senhor feudal do Maranhão, José Sarney,
citando outro Senador, Dinarte Mariz, “é chegar ao céu sem precisar morrer”.
Por outro lado, o ministro do STF, Flávio Dino, suspendeu repasses de Emendas
Pix ao município de Coração de Maria, junto com outros oito municípios, por
suspeita de irregularidades no valor de R$ 44,3 milhões. O município é a
principal área de influência do Senador Ângelo Coronel.
Enfim, são muitas variáveis em jogo para a formação da chapa
governista, mas há uma forte probabilidade de que o PT assuma uma chapa
“puro-sangue” com três nomes na majoritária. Resta saber como compensar os
aliados da coligação partidária.
O ministro do STF, Barroso, anunciou sua aposentadoria precoce do cargo que ocupava na Corte. Ainda com muitos anos à frente até atingir o limite de idade, ele entrega uma gestão ruim como Presidente , marcada por gastos ilimitados com passagens aéreas, frases medíocres( Perdeu, Mané, não amola; Derrotamos o Bolsonarismo, etc) , e a perda total dos limites jurídicos do Tribunal. Não é um desastre pequeno.
Barroso é a demonstração cabal dos efeitos do poder no moral de uma pessoa. Midíatico, deslumbrado, portador de soberba iluminista, chegou a dizer que a missão do STF era " recivilizar o país" ainda que não tenha feito qualquer gesto para conter os penduricalhos ou recivilizar o Judiciário. Com vasto patrimônio nos Estados Unidos e inserção nos meios acadêmicos de lá ele , talvez, seja o que mais sofreu com as sanções do governo Trump. Ao enxergar um horizonte conturbado e de risco do ponto de vista pessoal, Barroso, escolheu renunciar, cercado de eufemismos e justificativas pueris. Exceto por sua famosa briga com Gilmar Mendes na qual expressou sua opinião sobre o colega( " mistura do mal com o atraso") , não deixará nada que possa nos fazer falta.