A sessão parlamentar da Câmara Municipal de Feira de Santana
desta quinta-feira (17) foi marcada por uma nova polêmica envolvendo o
Orçamento 2022. Em seu discurso, o presidente da Casa da Cidadania, Fernando
Torres, acusou o secretário Municipal de Comunicação, Edson Borges, de
orquestrar uma campanha difamatória contra o legislativo.
Torres disse que o gestor teria taxado os vereadores de
traidores, em razão de questões que envolvem a não aprovação da Lei
Orçamentária correspondente ao exercício deste ano. Segundo o parlamentar, mentiras
foram veiculadas, mas Justiça deu decisão favorável à Cidadania. “Graças a Deus,
na Bahia e no Brasil, existe Justiça. Quero agradecer ao Tribunal da Bahia (TJ)
e ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), onde foi feita justiça para esta
Câmara. A gente sabia que era uma orquestra formada por Edson Borges. Eu tenho
a pior visão dele, hoje”, diparou.
Pondo em xeque a reputação profissional do secretário, o edil
disse, ainda, que o Orçamento será votado como o povo quer. “Não entendo que um
profissional do jornalismo se presta a um papel desse, em coordenar, em acabar
com imagem da Câmara, soltando mentiras de todos os vereadores. Hoje, começa a
primeira discussão e vamos votar o orçamento da forma que o povo de Feira quer.
O orçamento vai ser votado, sim, e não prejudicou Feira em nada esse debate”,
afirmou.
Fernando Torres enfatizou que os recursos serão melhor administrados.
“Vamos tirar o dinheiro da consultoria e jogar na agricultura. Tirar dinheiro
de lugares que não é para estar e jogar no Hospital Municipal, que a prefeitura
prometeu. Se prometeu, vai ter que cumprir. O Hospital Municipal terá que ser
colocado no orçamento de 2022, senão não aprovamos”, frisou.
DEFESA – O secretário Edson Borges, por sua
vez, rebateu as acusações do presidente da Câmara. Em nota enviada à imprensa,
ele disse que não violou seus preceitos jornalísticos nem conspurcou seu cargo
na Administração Pública. Também enfatizou que não desrespeitou o Poder
Legislativo. “Em nenhum momento,
desonrei a minha função de secretário, a minha profissão de jornalista ou a
minha postura de cidadão, desrespeitando o Poder Legislativo ou qualquer um dos
seus integrantes”, assegurou.
Edson Borges lembrou a sua longa
atuação junto aos órgãos do Governo Municipal para se defender das acusações de
Fernando Torres. “Alguns dos vereadores me conhecem há muitos anos. Outros passaram
a me conhecer a partir de quando ocupei a Secretaria de Cultura, Esporte e
Lazer. Todos já tiveram oportunidade de testemunhar a minha sinceridade, a
minha postura no trato da coisa pública. O próprio presidente Fernando Torres
conhece o meu comportamento como cidadão e como profissional”, lembrou.
O gestor finalizou o documento afirmando que preza pela união
de esforços em prol do bem comum. “Num
momento de tantas discussões e polêmicas a respeito do Orçamento 2022, é
natural que surjam vozes em defesa do entendimento e também para incentivar
desavenças. Como cidadão e como secretário, a minha voz será sempre a de união
em favor do bem comum e jamais de alimentar discórdias ou desrespeito a poderes
constituídos democraticamente”, garantiu.