O governo acaba de anunciar o corte de R$15 bilhões do
Orçamento de 2024, sendo R$11,2 bilhões de bloqueio e R$3,8 bi de Contingenciamento. Ao mesmo tempo a Fazenda anunciou o aumento
da inflação de 3,7% para 3,9% ao ano.
Contingenciamento e bloqueio representam cortes temporários. . O bloqueio acontece quando os gastos do governo aumentam mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário.
Ainda falta o governo declarar onde serão feitos esses cortes, mas será inevitável que venham . Ou seja, queira ou não, será preciso apertar o cinto mesmo nas atuais dificuldades.
Era evidente e cruel a degeneração neurológica de Biden, vergonhosamente escondida pela grande imprensa americana mais empenhada em fazer campanha do que contar a verdade aos eleitores. O debate entre Trump e o presidente escancarou o que era evidente: a impossibilidade intelectual de Biden ser o candidato e comandar a nação mais poderosa do planeta especialmente por mais quatro anos. Biden, no entanto, recusa-se a desistir da candidatura em prol de um substituto do partido apesar das pressões o que favorecia Trump.
Com
o atentado a tiros do qual escapou por milagre, Trump, tem mais um elemento para usar
em sua candidatura sabendo que o humano sempre é envolvido por movimentos de
generosidade ao redor de quem é vítima de uma tragédia e escapa. Evidente que muitas
variáveis entrarão ainda em jogo-esclarecimento do atentado, postura do
ex-presidente, manutenção da candidatura dos Democratas-- mas o candidato
Republicano tem, evidentemente, um trunfo nas mãos para alimentar sua candidatura!
Não se chega a um fracasso sem uma longa omissão. A tragédia
que devastou o Rio Grande do Sul, deixou mais de 170 vítimas e um número incalculável
de trágicas histórias vai aos poucos sendo revelada. Ela demonstra o fracasso das
escolhas do governador do estado, Eduardo Leite. Além da enchente um ano antes
agora ficamos sabendo que estudos já revelavam a possibilidade da enchente.
Ao ser questionado por repórteres o governador respondeu: “Bom,
você tem esses estudos, eles de alguma forma alertam, mas o governo também vive
outras pautas e agendas. (...) A agenda que se impunha ao estado era aquela
especialmente vinculada ao restabelecimento da capacidade fiscal do estado para
poder trabalhar nas pautas básicas de prestação de serviços à sociedade gaúcha”.
Pautas e agendas. Ao que fica demonstrado a única habilidade
do governador é escolher a pauta e agenda errada e legar vidas perdidas e
destruição ao seu estado. Não é pouco.
Um dos raros avanços jurídicos desse país de atrasos da Justiça foi a delação premiada. Ela nos permitiu conhecer o monumental projeto de poder sustentado pela corrupção que foi montado por Lula e que teve seu modus operandi revelado no Mensalão e Petrolão. A delação permitiu que milhões fossem devolvidos aos cofres públicos e nos revelou o departamento de propinas da Odebrecht com seus inesquecíveis apelidos.
A delação também permitiu que Mauro Cid, braço militar de Jair Bolsonaro, revelasse toda preparação golpista do ex-capitão expulso do Exército e sua afinidade com a venda clandestina de jóias.
Mais recentemente a delação permitiu que fosse descoberto o mandante do crime de morte da vereadora Marielli, do RIo de Janeiro.
Agora, sob a inspiração do nefasto , delatado, suspeito, Arthur Lira, presidente da Cãmara, um projeto incrível que nasceu sob inspiração de um deputado petista há oito anos e agora renovado por um deputado bolsonarista, foi aprovado para tramitação em regime de urgência. Ele proibe a delação premiada de presos.
Como se pode ver, para além do jogo de cena, Lula e Bolsonaro, caminham com interesses comuns para dificultar o combate aos crimes de corrupção. É abjeto!