Dados do Instituto Trata Brasil, em sua 15ª edição do Ranking
do Saneamento, com foco nos 100 maiores municípios do Brasil, mostra dados
preocupantes sobre Feira de Santana. O
relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações
sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades.
A falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de
pessoas e cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de
esgoto. Os dados apontam que o país trata apenas 51,20% do volume gerado, isto
é, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas
na natureza diariamente.
Vitória da Conquista, em 18o lugar, é o município
baiano em destaque, pois vem mantendo esse desempenho ao longo dos anos, embora
tenha caído cinco posições em relação a 2022. Salvador está em 40o
lugar e Campina Grande, na Paraíba – com quem sempre nos comparamos –, está em
17o lugar.
Em Conquista, uma Lei Municipal datada de outubro de 1997
obriga a Prefeitura a só executar serviço de pavimentação – sempre acompanhada
de um sistema de drenagem – nas vias que já dispõem do sistema subterrâneo de
esgoto. A baixa taxa de cobertura ocasiona mais doenças, agravos a saúde,
aumenta mortalidade e piora a qualidade de vida da população.
Em Feira, não temos avançado e as taxas permanecem
desastrosas, sem que a Embasa apresente um plano de melhoria. Talvez, a Câmara
de Vereadores pudesse tomar a lei de Conquista como exemplo.
Ranking de Saneamento
no Brasil, no ano de 2023, em municípios com mais de 100
mil habitantes:
|
Conquista |
Feira de Santana |
Posição no ranking |
18ª |
61ª |
Atendimento total
de água |
97,93% |
89,88% |
Atendimento total
de esgoto |
82,93% |
55,37% |
Tratamento total
de esgoto |
80,88% |
70,21% |
O Instituto Trata Brasil compara os 20 melhores e piores
municípios e mostra que a rede de coleta de esgoto é muito discrepante: 97,96%
da população, nos 20 melhores municípios, têm acesso aos serviços, enquanto
somente 29,25% da população, nos 20 piores municípios, são assistidos. A diferença
chega a 68,71 pontos percentuais.
Outro dado espantoso é a diferença de 340% no indicador de
tratamento de esgoto, entre os melhores e os piores posicionados. Enquanto o
primeiro grupo tem, em média, 80,06% de cobertura, o grupo dos piores oferece
apenas 18,21% à população.
A melhoria das condições de saneamento é, portanto, uma
emergência nacional.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem se especializado em cometer atrocidades jurídicas em seus processos. No caso da suposta agressão que havia sofrido em Roma a PF fez busca e apreensão- ilegal- na casa dos acusados de agressão, tentando ligar o gesto aos atos antidemocráticos. O filme do Aeroporto foi mantido em sigilo por Toffoli e nunca foi liberado. Ao final, a PF concluiu que o ministro sofreu injúria em Roma, mas não indiciou ninguém. Agora, o advogado das vítimas relata que o vazamento de uma conversa com seu cliente é ilegal porque o sigilo entre o cliente o advogado são invioláveis por previsão constitucional e não poderiam estar transcritas no inquérito.
A verdade é que Moraes quis construir uma narrativa de perseguido por ser um defensor da democracia. A montanha que anunciou em Roma com apoio dos amigos da imprensa pariu, apenas, um rato.
Alcatraz era uma prisão do sistema federal americano. Ficava em uma ilha e a fuga era considerada impossível. Em 1962, no entanto, três prisioneiros, utilizando ferramentas improvisadas como uma colher de metal soldada com prata de uma moeda e uma furadeira elétrica feita com um motor de aspirador de pó furtado, conseguiram cavar um túnel e fugir em uma jangada improvisada feita com capas de chuva. O caso foi retratado no cinema em um famoso filme chamado Fuga de Alcatraz.
O sistema de prisões federais brasileiros foi uma ótima iniciativa do governo , em 2006, para isolar líderes de facções criminosas. Até o momento nenhuma fuga havia sido registrada. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro relatou como evitaram uma tentativa de resgaste de presos cavando fosso, entre outras medidas. Esta semana, no entanto, dois prisioneiros fugiram da prisão de segurança máxima de Mossoró, utilizando-se de um alicate, segundo dizem. Ao que já se sabe o forro das celas não estava concretado, a iluminação apresentava falhas, as câmeras de segurança estavam sem manutenção e ferramentas de uma reforma foram largadas no canteiro de obras.
O ministro da Justiça, Lewandovski, em ofensiva e desastrosa entrevista disse que a fuga aconteceu porque o pessoal estaria " mais relaxado" por ser carnaval. A desculpa do ministro oscila entre o escárnio e a chacota, afinal não existe sistema prisional que " relaxa" no carnaval. O que houve foi uma falha brutal de execução do protocolo de controle, evidentemente por má administração. Evidente que deve ser apurado, ainda, se houve colaboração interna.
O descontrole faz parte da herança de incompetência deixada por Flávio Dino, que foi para o STF, mas a conta cabe a Lewandovski pagar. Quem sabe o cinema transforma em filme - Fuga de Mossoró- e o ministro ganha um lugar de destaque no carnaval da fuga
Não se lega futuro destruindo o Meio Ambiente, mas, em
Feira, o descaso, promessas não cumpridas e frequente tolerância com a
especulação imobiliária têm sido a realidade. Não é à toa que, das magníficas
120 lagoas, enterramos a metade. E mesmo quando se consegue a preservação, como
na excelente Lagoa Grande, vira obra interminável – espécie de maldição local.
A influencer digital Vanessa Lopes é uma morena bonita que
faz dancinhas na internet e que, segundo leio, tem 40 milhões de seguidores.
Não se tem notícia de nada mais além das coreografias em trajes reduzidos que
possa constar de sua biografia. Convidada a participar do BBB, o reality show,
ela desistiu após uma semana dentro da casa em forte surto emocional. Uma
nítida síndrome de abstinência da vida virtual. Fora do mundinho da internet,
Vanessa, desenvolveu suas paranoias no BBB e deixou à mostra um ego maior que a
margem de erro do Datafolha. Ela chegou a achar que todos que estavam na casa
eram atores e que o programa era sobre a vida dela, que a Globo tinha feito o
programa sobre isso.
A perda de senso da realidade, a incapacidade de lidar com
uma semana de vida real, sem as doses diárias de aplausos por coreografias repetidas
à exaustão, causaram a decisão de sair do programa, mesmo após conversar com a psicóloga
da Globo.
Muitos criticaram a imaturidade; outros, o deslumbramento, e até a overdose de vaidade que alimenta o monstro de seu ego. Olhando de modo superficial essas reações são compreensíveis, mas o problema é bem mais grave. O que fica claro é o que a nefasta influência da internet pode fazer em egos mal administrados, em pessoas sem maturidade para lidar com o sucesso súbito, com quem passa a viver a ilusão e o aplauso da interação virtual como se fosse real. Ao ser exigida, o recurso que lhe resta é a fuga para o mesmo lugar seguro, a ilha da fantasia, que um dia desaparecerá submersa em novos interesses.
Vanessa, foi só um exemplo de muitos outros casos repetidos. E dos riscos que corremos.