A enchente do Rio Grande do Sul é uma tragédia que muda
futuros, dilacera memórias, amputa destinos, que precisam ser reinventados. Ela
vai muito além dos mortos. Por isso, é preciso contenção, mais que exibicionismo;
respeito, mais que aproveitamento político.
A nomeação de Paulo Pimenta, canidato a governador, como ministro Extraordinário
para o estado, por Lula, soou mal pelo excesso de oportunismo político em
momento tão terrível. Não é apenas a questão do apoio material e financeiro ao
estado, mas a proximidade humana, a preocupação primária com o sofrimento
duradouro. Ao invés disso, Lula, serviu palanque. A nomeação desagradou a
grande imprensa e até a esquerdista Folha o criticou. Foi um ato desnecessário
de Lula.
“O governo Luiz Inácio Lula da Silva contaminou a tarefa de
lidar com a tragédia climática do Rio Grande do Sul, já complexa ao extremo,
com um lance de oportunismo político rasteiro”.
“Ao escolher como
titular da pasta o agora ex-ministro-chefe da Secom Paulo Pimenta, Lula não
escondeu que pretende explorar politicamente a tragédia daquele Estado. Para
que não restassem dúvidas, o demiurgo petista transformou o anúncio das medidas
num comício obsceno, em que anunciou até que vai disputar ‘mais dez eleições’”.
“A nomeação de Pimenta, candidato potencial ao governo do
Rio Grande do Sul pelo PT sem experiência na gestão de catástrofes, transparece
mais oportunismo político que preocupação genuína com a população que perdeu
tudo e, mais que nunca, depende da ajuda do Estado”.
De um lado tem a imprevidência do
poder público que não fez a manutenção do sistema de prevenção a enchentes de
Porto Alegre permitindo que as águas, mesmo sem atingir a cota de 6 metros do
muro de contenção, tenha invadido a cidade pelas falhas nas comportas e nas
bombas que deveriam drenar essas águas.
Ao lado da falha do poder local,
houve lentidão na resposta federal e declarações inconcebíveis de ministros.
Marina Silva, aproveitou a oportunidade para culpar Bolsonaro pelo desastre
climático e Simone Tebet, do Planejamento, disse que não era de enviar dinheiro
porque os prefeitos não sabiam nem o que pedir porque as águas ainda não haviam
baixado, como não houvesse demandas emergenciais. O próprio Lula, incialmente,
fez apenas uma visita curta e ao desembarcar disse que estava “ torcendo pelo
Internacional e Grêmio”, completamente fora da realidade da mensagem que
deveria transmitir.
Depois de críticas o ministro Paulo Pimenta foi ao
Jornal Nacional, da Globo, queixar-se contra as fake-news. Quando Bonner
perguntou porque ele havia enviado à Polícia Federal nomes de pessoas que
cometeram fake-news evidentes, mas de outros que lhe pareceram meras críticas,
o ministro não respondeu. Após isso, o governo ampliou de forma muito significativa
e correta o apoio ao estado.
O governador Eduardo Leite( PSDB)
cujo desempenho também foi levado na enxurrada fez uma declaração estarrecedora
de que estava “preocupado com as doações porque elas poderiam prejudicar o
comércio do estado”. É, como se diz no popular, de lascar. Uma infelicidade geral de todos, inclusive das vítimas.
Aos poucos, vai se revelando as ações condicionantes, os
erros, os exploradores políticos e midiáticos da tragédia, as omissões, e os
acertos. O que fica de mais positivo é a
espetacular ação de civis e do Brasil solidário- isso sim e não o show de Maddona-
contribuíndo para curar um pouco o país. E a clareza que só com a sociedade, o
poder público em suas três esferas, civis, se consegue responder de forma
efetiva a maior tragédia climática de nossa história!
A reveleção que ministros do STF e STJ foram participar de um convescote particular em Londres pago por uma empresa com interesses nesses Tribunais é um escândalo monumental, se fossemos um país sério e houvesse pudor no Judicíario. O hotel tem diárias de R$8000 e o restaurante jantares de R$2000 reais. Além disso, os ministros se recusaram a revelar quem pagou suas viagens como se não estivessem obrigados pela Lei da Transparência.
Uma pesquisa recente mostrou que quase 60% dos brasileiros desconfiam dos seus tribunais superiores. É uma perda de credibilidade avassaladora e destrutiva. Só não vê os que preferem ser cegos, por conveniência.
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