Preso por dirigir embriagado e
atropelar e matar um motociclista por aplicativo, no mês de maio, em Salvador, o influenciador digital Enzo Santana Machado foi solto, na última terça-feira
(1°).
Segundo a Polícia Civil da Bahia (PCBA), na ocasião do
acidente, o suspeito não possuía
Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a prisão
preventiva do acusado foi revogada. O influenciador, entretanto, deverá
comparecer em Juízo, a cada dois meses. Também está proibido de frequentar
bares e de se ausentar da cidade sem prévia autorização.
A vítima, identificada como Uzias Cardoso de Souza, tinha 41 anos e trabalhava no momento em
que foi atropelado. O incidente aconteceu no bairro de Matatu de Brotas.
Conforme o inquérito, a
colisão entre o carro conduzido pelo influenciador e a moto pilotada pela
vítima foi frontal. O motociclista não teve chance de socorro. Ele faleceu no
local.
Em entrevista à TV Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão
em Salvador, Otto Lopes, advogado de Enzo Machado, alegou que seu cliente não
estava alcoolizado no momento do acidente.
Otto Lopes ressaltou, ainda, que, após a batida, o
influenciador teria ido a uma delegacia, a fim de pedir socorro para ele e para
o motociclista. O advogado também afirmou que seu cliente ficou preso pelo fato
de não ter CNH.
No entanto, conforme informações apuradas pela própria TV
Bahia, pouco antes do acidente, Enzo Santana Machado havia assistido ao jogo entre Vitória e Santos, no estádio Barradão.
Testemunhas disseram que, após a partida, ele saiu do local alcoolizado e
dirigindo um carro.
O influenciador foi preso em flagrante. Na ocasião, ele tinha
mais de 160 mil seguidores, em apenas uma de suas redes sociais. Enzo Machado é
marido da também influenciadora Radija Pereira, que tem 3 milhões de
seguidores. Após o caso, eles fecharam seus perfis.
A VÍTIMA – O motociclista Uzias Cardoso de Souza deixou dois
filhos, um de 18 e outro de 16 anos. Além disso, ele criava sete sobrinhos,
junto com a esposa. As crianças são filhas de sua irmã, que foi vítima de feminicídio,
e de outro familiar, que morreu durante a pandemia da Covid-19.