O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso, na manhã desta sexta-feira (25), em Maceió, capital alagoana. De acordo com a defesa, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para a Capital Federal, Brasília.
Os advogados do réu destacaram que
ele se deslocava para Brasília, a fim de cumprir espontaneamente o mandado de
prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Após ser detido, Collor foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Alagoas. A prisão ocorreu após o STF negar um recurso da defesa para rever uma condenação, de 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Uma sessão virtual será realizada pelo STF, das 11h às 23h59 desta sexta-feira (25), para referendar a decisão Alexandre de Moraes.
Fernando Collor
foi condenado, em maio de 2023, a 4 anos e 4 meses de prisão pelo
crime de corrupção passiva e a 4 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro.
A acusação de associação criminosa prescreveu, porque o ex-presidente tem mais
de 70 anos.
Na ocasião, o julgamento durou sete sessões. O STF considerou
que Collor, como dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi
responsável pelas indicações políticas para a BR Distribuidora, então estatal
subsidiária da Petrobras. Também que teria recebido R$ 20 milhões em vantagens
indevidas, por meio de contratos da empresa, entre 2010 e 2014.
Em novembro de 2024, o STF manteve a condenação, após rejeitar os recursos da defesa do acusado para reformar a condenação. Na última quinta-feira (24), Moraes rejeitou um segundo recurso da defesa de Collor, por considerá-lo meramente protelatório, determinando a prisão imediata do ex-presidente.