O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão, nesta sexta-feira (3), dos pagamentos de emendas parlamentares a Organizações Não Governamentais (ONGs) não transparentes.
A decisão foi tomada após o relatório da Controladoria-Geral
da União (CGU) mostrar que 13 entidades não acompanham, de forma adequada, o
uso do dinheiro público.
Segundo o documento, elas deveriam apresentar todas as
informações, de forma transparente, nos respectivos sites na internet, mas não
o fazem.
O magistrado também determinou que a CGU realize auditorias detalhadas
nas 13 ONGs apontadas, apresentando os relatórios em 60 dias.
Outras nove organizações, que estavam com informações
incompletas, foram intimadas a fazer os ajustes necessários. Isto em até dez
dias.
Além disso, Flávio Dino determinou a inscrição das entidades
nos sistemas de Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas e na lista de
Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas.
Entre as ONG analisadas, quatro promovem a transparência das
informações de forma adequada, considerando a acessibilidade, clareza,
detalhamento e completude. Outras sete não receberam recursos no período
analisado, entre 2020 e 2024.
O Senado Federal e a Câmara dos Deputados precisam se
manifestar sobre o relatório da CGU, em um prazo de dez dias. Depois, ocorrerá
a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Advocacia-Geral da União (AGU) tem cinco dias para
comunicar, aos ministérios, que novos repasses não devem ser feitos às
organizações citadas. No total, foram analisadas 33 entidades sem fins
lucrativos.
*Com informações da Agência
Brasil.