Os dois homens acusados de matar Lorena Fox, mulher
trans que atuava como garota de programa no município de Luís Eduardo
Magalhães, no Oeste da Bahia, foram condenados, no final da noite desta terça-feira
(30), a 23 anos, 1 mês e 15 dias de prisão, em regime, inicialmente, fechado. O
crime aconteceu em fevereiro de 2023, após um desentendimento por causa do
valor do serviço prestado pela vítima.
A Justiça também determinou que os réus, identificados como Carlos Caíque Almeida Teles e Igor Alípio de Oliveira, paguem
R$ 20 mil de indenização à família de Lorena. As penas serão cumpridas no
Conjunto Penal de Barreiras, município localizado na mesma região.
A vítima desapareceu no dia 23 de fevereiro de 2023, após
entrar no carro em que os dois condenados estavam, na esquina da antiga
rodoviária de Luís Eduardo Magalhães. Depois disso, a família não teve mais
notícias, dando início às buscas.
O corpo de Lorena Fox foi encontrado no dia 1° de março, em
um matagal, por funcionários de uma empresa. Os trabalhadores faziam a limpeza
da área quando avistaram o cadáver já em estado de decomposição.
Os suspeitos foram presos em abril do mesmo ano. Eles
foram contraditórios em seus depoimentos e um deles acabou assumindo que,
juntos, cometeram o crime. Mesmo assim, o comparsa negou ter participado.
Na ocasião, o inquérito policial apontou que Carlos Caíque e
Igor Alípio agrediram Lorena até a morte. Ela foi espancada com diferentes
instrumentos. Depois, a vítima teve o corpo incendiado.
O assassinato de Lorena Fox teve grande repercussão na Bahia.
Na época, a irmã da vítima, Thaynnara Sabath, pediu justiça e ajuda de pessoas
que pudessem ter informações sobre o crime.
A familiar disse ter perdido a parte mais importante da
própria vida. "Minha irmã era uma pessoa muito boa, de um coração muito
bom, não merecia ter um fim tão trágico quanto este. Não merecia ter sido
assassinada. Ela foi tirada de mim, tiraram tudo o que eu tinha. Minha irmã era
tudo o que eu tinha na minha vida", lamentou.
*Com informações do G1
BA.