A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta quarta-feira (17), que os benefícios da vacina contra Covid-19 elaborada pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford superam os riscos. A comissão de análise de segurança de vacinas do órgão recomenda que a imunização com o fármaco prossiga.
De acordo com o jornal espanhol ABC, 15 países europeus suspenderam a aplicação do imunizante, esta semana, após ocorrências de tromboses que levaram algumas pessoas à morte, no continente. A decisão não é definitiva. As autoridades sanitárias dos países aguardam as investigações sobre os casos de reação adversa, para avaliar se retomam ou não a vacinação com o medicamento da AstraZeneca.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) cientificou que está investigando relatos de 30 casos de problemas sanguíneos incomuns entre 5 milhões de pessoas que receberam a vacina. No total, 45 milhões de imunizantes contra a Covid-19 já foram distribuídas na região.
De acordo com a Agência Brasil, a EMA divulgará suas conclusões nesta quinta-feira (18). A diretora da agência, Emer Cooke, disse, no entanto, não ver motivo para mudar sua recomendação sobre o fármaco.
O Comitê Global de Aconselhamento sobre Segurança de Vacinas da OMS está analisando, de forma criteriosa, os dados de segurança disponíveis mais recentes da vacina da AstraZeneca. “Assim que a análise estiver concluída, a OMS comunicará as conclusões ao público imediatamente”, garantiu a entidade.
Através de um comunicado, emitido um dia após seus especialistas realizarem uma reunião a portas fechadas, a comissão afirmou, categoricamente, que “a OMS considera que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam seus riscos e recomenda que as vacinações continuem”.
A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O'Brien, informou que o comitê de segurança está analisando se efeitos adversos, como coágulos sanguíneos, de fato têm relação com a vacinação. “Não deveríamos interpretar exageradamente estes números específicos que saem dos testes. Elas são vacinas altamente eficazes, são vacinas que salvam vidas, são vacinas seguras e deveríamos continuar a distribuí-las”, disse, em entrevista coletiva.