O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido, a bordo de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTO) aérea, para Brasília. A informação é do senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN).

De acordo com o parlamentar, a decisão partiu do cirurgião Claudio Birolini, que atua no Hospital das Clínicas de São Paulo e acompanha Bolsonaro desde 2018. Ele chegou a Natal, onde o ex-presidente está internado, na madrugada deste sábado (12). A transferência deve ser realizada no início da tarde. Bolsonaro será encaminhado ao Hospital DF Star. "O presidente está bem, lúcido, estável, tranquilo", disse Marinho.

O ex-presidente foi internado, nesta sexta-feira (11), após sentir fortes dores abdominais. Informações preliminares apontam que houve mais uma obstrução parcial do intestino grosso. Por causa disso, ele foi atendido, às pressas, em um hospital público de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e, posteriormente, transferido, de helicóptero, para uma unidade hospitalar da capital potiguar.

A operação de socorro foi comandada pelo Governo do Estado. Por meio de nota, a governadora Fátima Bezerra (PT) informou que orientou os gestores da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) a adotarem, com total empenho, todas as medidas e providências necessárias. “A Sesed mobilizou, de imediato, uma das aeronaves para traslado do ex-presidente a uma unidade de saúde, em Natal, e orientou os gestores da Secretaria de Saúde que adotassem todas as providências necessárias ao eventual atendimento”, escreveu.

Bolsonaro foi ao Rio Grande do Norte para cumprir sua primeira agenda do Rota 22, uma caravana do Partido Liberal (PL) em defesa da anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O político passaria, na sexta-feira, pelas cidades de Acari, Oiticica e Pau dos Ferros. Chegou a participar de um ato em Bom Jesus, na sequência, foi hospitalizado. 

A obstrução intestinal apresentada pelo ex-presidente dificulta a passagem de líquidos e alimentos do intestino delgado para o intestino grosso, assim como a liberação de gases e fezes. "É isso o que provoca a distensão abdominal e as dores que ele estava sentindo", afirmou Luiz Roberto Fonseca, diretor médico do Hospital Rio Grande.

Segundo o médico, "o quadro inspira cuidados, mas não apresenta sinais de maiores gravidades, no momento". Bolsonaro precisou passar por cinco cirurgias no intestino, desde 2018.