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Política

Em ato no Rio de Janeiro, Bolsonaro diz que não fugirá do país

16 de Março de 2025 | 15h 39
Em ato no Rio de Janeiro, Bolsonaro diz que não fugirá do país
Foto: TV Globo

Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores, na manhã deste domingo (16), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para pedir anistia aos condenados por invadir e destruir os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro de 2023.

O próprio ex-presidente corre risco de ser condenado por tentativa de golpe de Estado. Em seu discurso, ele disse que não fugirá do Brasil para evitar uma eventual prisão ordenada pelo STF. “O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, afirmou o político, que teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF), em fevereiro de 2024.

Inelegível, Bolsonaro também disse que não tem “obsessão pelo poder”, mas tem “paixão pelo Brasil”. Considerando os desdobramentos do processo do qual é alvo, ele admitiu a possibilidade de não participar da próxima eleição presidencial. “Estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir”, alegou.

O político ainda se esquivou da acusação de tentativa de golpe. Disse que, por estar nos Estados Unidos na ocasião, não poderia ter participado de uma trama para impedir que Lula, que o derrotou nas eleições de 2022, assumisse a Presidência.

Bolsonaro é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado agravado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado da União.

Hoje, os apoiadores do ex-presidente ocuparam cerca de 300 metros da Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 4. O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a Organização Não Governamental (ONG) More in Common calcularam a presença de 18 mil pessoas.

Um software de inteligência artificial foi usado para fazer os cálculos, a partir de fotos aéreas do público, no horário de pico do ato, ao meio-dia.

Projeto no Congresso – A manifestação reuniu lideranças de direita na orla na Zona sul e teve por objetivo pressionar o Congresso Nacional a aprovar o Projeto de Lei (PL) que anistia os condenados do 08/01.

Diretamente interessado no perdão da pena, Bolsonaro enfatizou que as pessoas que destruíram os prédios dos Três Poderes são inocentes. “Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham a intenção e nem poder para fazer aquilo que estão sendo acusadas”, argumentou.

Em 8 de Janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro romperam o cordão de isolamento da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e quebraram janelas, destruíram cadeiras, computadores e obras de arte e relíquias históricas nas sedes dos Três Poderes da República.

Também tentaram incendiar o interior do STF. Os vândalos só deixaram a área ocupada após a chegada de tropas da Polícia Militar (PM) e do Exército.

GovernadoresO ato deste domingo contou com a participação de quatro governadores: Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Mauro Mendes (MT) e Tarcísio de Freitas (SP). Este último também defendeu a anistia.

O governador de São Paulo disse que é correto que o PL seja pautado e aprovado no Congresso Nacional, a fim de garantir a anistia às pessoas. "Pode ter certeza que nós vamos conseguir os votos", afirmou.

Para Tarcísio de Freitas, é preciso avançar e partir para outras discussões. "Para que a gente possa se dedicar aos temas nacionais, para que a gente possa discutir a longevidade, o envelhecimento da população, o financiamento do SUS”, frisou, apontando que o grande problema do país é a inflação.

MovimentaçãoAs pessoas mobilizadas para o evento organizado pelo pastor Silas Malafaia, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), exibiam camisas e adesivos com saudosas alusões ao governo Bolsonaro: "a direita está viva"; "com saudades do meu ex"; "anistia para os patriotas"; "o Brasil é meu partido".

Dizeres críticos também foram direcionados ao atual governo brasileiro, enquanto elogios estavam direcionados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Pouco depois do meio-dia, após a fala de Bolsonaro, os manifestantes começaram a se dispersar.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



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