O governo de Israel e o Hamas alcançaram um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, que inclui a libertação progressiva de reféns e prisioneiros palestinos, conforme informou a CNN. Embora ainda não tenha sido feito um anúncio oficial, a primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns pelo Hamas e grupos aliados. Em troca, Israel soltará centenas de prisioneiros palestinos. A segunda fase, com o objetivo de encerrar o conflito, será negociada a partir do 16º dia do cessar-fogo.
O Escritório de Mídia do Hamas em Gaza orientou os moradores a aguardarem o início oficial do cessar-fogo antes de se deslocarem. Em comunicado, o grupo afirmou ter consultado aliados sobre as propostas dos mediadores, destacando seu compromisso em interromper a violência e proteger a população local.
O acordo será implementado em três etapas. Na primeira, o Hamas e seus aliados libertarão 33 reféns capturados em 7 de outubro de 2023, enquanto Israel soltará "muitas centenas" de prisioneiros palestinos, de acordo com uma fonte israelense.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, comentou nas redes sociais que a libertação dos reféns detidos pelo Hamas ocorrerá em breve.
Atualmente, o Hamas e seus aliados mantêm 94 reféns, incluindo 13 mulheres e duas crianças menores de cinco anos. Já Israel mantém cerca de 10 mil prisioneiros palestinos, com 3.376 deles sob detenção administrativa.
O conflito em Gaza se intensificou após os ataques do Hamas em outubro de 2023, que resultaram na morte de 1.200 pessoas em Israel. Em resposta, Israel realizou bombardeios e incursões terrestres, resultando em um grande deslocamento da população de Gaza. Organizações humanitárias e a ONU alertam sobre uma grave crise humanitária na região.