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  • Feira de Santana, quinta, 10 de outubro de 2024

André Pomponet

A campanha do "eu sozinho" na Feira

André Pomponet - 18 de Setembro de 2024 | 14h 41
A campanha do
Foto: Divulgação/TSE

Nas ruas, a campanha eleitoral só começou a ganhar impulso de uma semana para cá. Pelo menos em relação à dimensão visual. Há mais “santinhos”, adesivos e automóveis plotados. Imagino que, até a primeira semana de outubro, a divulgação de nomes e números vai se intensificar, tornando-se massiva.

Antes, as campanhas eram mais longas, o eleitor estabelecia mais familiaridade com os candidatos. Agora, graças às manobras do “Centrão”, o período é mais curto, justamente para favorecer quem já está no poder, no exercício do mandato.

Aqui na Feira de Santana, porém, a novidade não está em nada disso. O novo – mesmo – é a campanha do “eu sozinho” para a Câmara Municipal. Lembro que, antes, nos adesivos, os candidatos a vereador eram secundados por uma ampla fauna de apoiadores. Presidentes, senadores, governadores, deputados e prefeitos distribuíam-se em volta do candidato.

Quem circula pela Feira de Santana está notando que o modelo caiu em desuso. Boa parte de quem pretende tornar-se edil – sinônimo de vereador – exibe-se só, sem os tradicionais padrinhos em volta.

Alguns, mais minimalistas, exibem só a própria foto, o nome e o número. No máximo, um slogan. Nada de partido, menos ainda de estampa dos graúdos da política. Tampouco referências aos candidatos a prefeito.

O padrão se aplica, inclusive, àqueles que já estão devidamente assentados no Legislativo feirense. E àqueles que, segundo as entendidas vozes das esquinas, estão bem cotados no páreo eleitoral.

É mudança grande, que exige investigação. Sobretudo porque é um fenômeno local. Em Salvador – por exemplo – a imagem de Bruno Reis (União), candidato à reeleição, é exaustivamente explorada pelos candidatos a vereador que o apóiam.

O que estará acontecendo na Feira de Santana? Os dois zés – José Ronaldo (União) e Zé Neto (PT) – não estarão empolgando quem pretende representar os feirenses na Câmara Municipal? É um movimento orquestrado? Ouvi alguns conhecedores da política feirense, mas não obtive respostas conclusivas. Há quem nem sequer tenha observado o fato.

Pelas ruas, ouve-se dizer que a José Ronaldo e sua turma já ficaram tempo demais no poder; por outro lado, dizem que Zé Neto não conta com grande simpatia do eleitorado feirense. A julgar pelas escolhas dos candidatos a vereador, talvez os dois lados tenham razão...

Mas o fato – inequívoco – é que um deles chegará ao Paço Municipal em janeiro de 2025.



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