Milhares de manifestantes foram às ruas em diversas cidades dos Estados Unidos nesta quarta-feira para protestar contra a eleição de Donald Trump. De Nova York a Los Angeles, os protestos foram pacíficos na maior parte do país. Em Washington, centenas de manifestantes se reuniram diante da Casa Branca para realizar uma vigília criticando o que qualificaram de racismo, sexismo e xenofobia da retórica de Trump.
Os cartazes diziam "Temos uma voz" e "Educação para todos". Em Seatle, um tiroteio próximo a um protesto deixou ao menos cinco feridos. A polícia local investiga o caso, que não teria relação com a manifestação contra Trump.
Em Chicago, milhares de pessoas marcharam pelo Loop e se reuniram em frente ao edifício Trump Tower, gritando "Não é meu presidente". A polícia da cidade chegou a interditar ruas na área, impedindo o caminho dos manifestantes. Não houve relatos de prisões ou momento de violência.
"Estou realmente aterrorizada com o que está acontecendo neste país", disse Adriana Rizzo, de 22 anos, segurando um cartaz que dizia: "Aproveite seus direitos enquanto puder".
Uma manifestação em Manhattan reuniu cerca de mil pessoas em frente à Trump Tower, na Quinta Avenida. A polícia instalou também barricadas para manter os manifestantes afastados do local.
Centenas de estudantes do ensino médio e universitários também saíram em protesto em Berkeley, Phoenix, Los Angeles e Oakland, Richmond e El Cerrito, na Califórnia. Em Austin, capital do Texas, cerca de 400 pessoas marcharam pelas ruas, disse a polícia.
Um representante da campanha Trump não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre os protestos. Em seu discurso de vitória, Trump disse que ele seria o presidente de todos os americanos, dizendo: "É hora de nos reunirmos como um povo unido"