Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, quarta, 15 de outubro de 2025

Política

PRD suspende filiação de Binho Galinha após prisão por suspeita de chefiar milícia em Feira de Santana

15 de Outubro de 2025 | 10h 21
PRD suspende filiação de Binho Galinha após prisão por suspeita de chefiar milícia em Feira de Santana
Divulgação/AL-BA

O Partido Renovação Democrática (PRD) suspendeu a filiação do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, após sua prisão sob suspeita de comandar uma milícia há mais de dez anos em Feira de Santana.

A informação foi confirmada pela TV Bahia nesta terça-feira (14), 11 dias depois da prisão do parlamentar. Segundo o partido, o gabinete de Binho Galinha receberá o comunicado oficial nesta quarta-feira (15), tornando o deputado oficialmente “sem partido”.

O PRD informou que a decisão foi tomada de forma conjunta e permanecerá válida até que o processo tenha uma decisão definitiva na Justiça. Binho Galinha foi preso no dia 3 de outubro, após passar dois dias foragido, e está custodiado em uma Sala de Estado-Maior, no Centro de Observação Penal (COP), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

Durante a operação Estado Anômico, deflagrada no dia 1º de outubro, dez pessoas foram presas, entre elas o filho e a esposa do deputado, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano e Mayana Cerqueira da Silva.

Na sexta-feira (10), a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) decidiu, em votação secreta, manter a prisão do deputado. Dos 63 parlamentares, 53 participaram da sessão: 34 votaram pela manutenção da prisão, 18 pela revogação e um se absteve. Dez deputados não compareceram. Dois dias antes, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também havia determinado a permanência de Binho Galinha na prisão.

Segundo o Ministério Público da Bahia (MPBA), o deputado é apontado como líder de uma organização criminosa com atuação predominante em Feira de Santana. O grupo é investigado por crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, agiotagem, jogo do bicho, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, receptação qualificada, usurpação de função pública e embaraço a investigações.

A defesa do parlamentar, representada pelo advogado Gamil Föppel, considera a prisão preventiva inconstitucional. O advogado argumentou, em sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da ALBA, que não houve situação de flagrante e que, segundo a Constituição Federal e Estadual, o deputado não poderia ter sido preso nas circunstâncias em que ocorreu.



Política LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje