A Superintendência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Feira de Santana realizou, nesta terça-feira (25), uma operação de fiscalização em uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF).
O objetivo era verificar o cumprimento da Lei Municipal nº
3.622/2016, que regula o tempo máximo de espera no atendimento bancário.
A ação, de acordo com o órgão, faz parte de um conjunto de
inspeções que já resultaram na autuação de 13 instituições financeiras sediadas
na cidade.
O superintendente do Procon, Maurício Carvalho, destacou a
importância da fiscalização para garantir o cumprimento da Legislação Municipal.
Segundo ele, a lei determina que, em dias normais, o atendimento, nos caixas,
deve ocorrer em até 15 minutos, enquanto, para outros serviços, o tempo limite
é de 25 minutos.
Já em períodos excepcionais, como vésperas de feriados, datas
de pagamento de servidores públicos e vencimento de tributos, esse tempo pode
ser ampliado para 30 e 35 minutos, respectivamente.
Para que as reclamações sejam validadas, Maurício Carvalho
reforça que é fundamental que o consumidor guarde a senha de atendimento, com a
devida autenticação.
Ele informou que "se o tempo de espera ultrapassar o
permitido, o cliente deve procurar o caixa e autenticar”. E que se o caixa se
recusar a autenticar, o cliente deve procurar a gerência do banco. “A senha
autenticada é a prova material para que a gente abra processo administrativo e
faça autuação para punir o banco", explicou o gestor.
A legislação também exige que as agências bancárias fixem
placas informativas, em locais visíveis, sobre os direitos dos consumidores. O
descumprimento da norma pode resultar em sanções administrativas, que vão desde
advertência e multas até a interdição total ou parcial do estabelecimento.
Desde o início da ação fiscalizadora, que começou na semana
passada, o Procon já realizou 19 inspeções em agências bancárias de Feira de
Santana, com 13 autuações registradas.
Entre as principais irregularidades encontradas, estão o
excesso no tempo de espera e a ausência de placas informativas.
Segundo a Prefeitura Municipal de Feira de Santana (PMFS), os
estabelecimentos que desrespeitam a Lei 3.622/2016 podem ser penalizados, com
multas que variam entre R$ 1.000,00 e R$ 200.000,00, podendo, também, sofrer
sanções, como a suspensão do alvará de funcionamento por até seis meses ou a
interdição total da agência.
O Procon reforça a importância da participação popular para
fiscalizar e denunciar irregularidades. "O consumidor precisa estar atento
e colaborar com o Procon, para garantir seus direitos", enfatiza Maurício
Carvalho.