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MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF

23 de Novembro de 2024 | 13h 11
MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O subprocurador-geral do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu, nesta sexta-feira (22), a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.

Entre os citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (capitão reformado), cujo salário bruto é de R$ 12,3 mil; o general da reserva Augusto Heleno, que recebe R$ 36,5 mil brutos; o tenente-coronel Mauro Cid, cujo salário é R$ 27 mil;  e o general da reserva Braga Netto, que recebe do Estado brasileiro o valor de R$ 35,2 mil.

Na representação enviada ao TCU, Lucas Furtado afirma que o custo dos salários dos militares é de R$ 8,8 milhões por ano. "A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura", afirmou.

Furtado também solicitou o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF e o compartilhamento do inquérito, que está em segredo de justiça, com o TCU. "Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que montam em R$ 56 milhões, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens", completou.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto.

 

 



*Com informações da Agência Brasil.



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