A Justiça do Distrito Federal marcou para o dia 17 de novembro o início da ação penal contra Jair Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e vereador em Balneário Camboriú (SC). Ele responde por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O processo teve início após denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e indiciamento feito pela Polícia Civil, tornando Jair Renan réu em março de 2024. Durante a fase de julgamento, serão ouvidas testemunhas e novas diligências podem ser determinadas. Entre os depoimentos já previstos está o de Diego Pupe, ex-assessor de Renan, além de delegados e um gerente bancário.
De acordo com as investigações, Jair Renan teria usado documentos com informações falsas de sua empresa de eventos para obter um empréstimo bancário que não foi quitado. A apuração aponta ainda que ele e aliados criaram uma identidade fictícia para conseguir crédito em instituições privadas.
Segundo a denúncia, Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Renan, e um auxiliar foram responsáveis pela criação do personagem fictício Antonio Amancio Alves Mandarrari, utilizado como “laranja” para abrir contas e figurar como proprietário de empresas de fachada.
A Delegacia de Repressão a Crimes de Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção (Decor), concluiu que o esquema envolvia uma associação criminosa com o objetivo de obter vantagens financeiras ilícitas por meio da ocultação dos verdadeiros donos das chamadas empresas fantasmas.