As audiências de instrução e julgamento que apuram a atuação do deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, o Binho Galinha (PRD), terminam nesta quinta-feira (25), no Fórum Desembargador Felinto Bastos, em Feira de Santana. O parlamentar é um dos investigados pela Operação El Patrón, acusado de chefiar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro, agiotagem, receptação qualificada e exploração do jogo do bicho.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou denúncia em dezembro de 2023 contra o deputado e outras 13 pessoas. Durante os três dias de audiência, a Justiça ouviu 77 testemunhas de defesa e três de acusação. Após essa etapa, o processo segue para julgamento.
Binho Galinha compareceu às sessões e, em nota, declarou ser inocente.
Na quarta-feira (24), três policiais militares réus no caso também acompanharam os trabalhos: Jackson Macedo Araújo Júnior, Josenilson Souza da Conceição e Roque de Jesus Carvalho. Segundo as investigações, eles formavam o braço armado da organização criminosa, responsável por cobranças ilegais mediante violência e grave ameaça. O grupo teria movimentado cerca de R$ 15 milhões apenas com atividades de jogatina e agiotagem. Em 2024, os três foram transferidos para um presídio federal em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o MP, a quadrilha teria movimentado mais de R$ 100 milhões ao longo de uma década, usando empresas de fachada para dar aparência de legalidade aos recursos.
Além de Binho Galinha, os outros réus do processo são: Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira, Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins Silva, Mayana Cerqueira da Silva (esposa do deputado), João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano (filho de Binho), Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior, Vagney dos Santos Aquino, Josenilson Souza da Conceição, Roque de Jesus Carvalho e Bruno Borges França.