Em consonância com o Dia Mundial de Combate ao Trabalho
Infantil, celebrado em 12 de junho, o Dispensário Santana realizou uma palestra,
com o objetivo de conscientizar a comunidade feirense sobre a importância da
erradicação dessa prática.
O evento contou com a presença de palestrantes renomados e
representantes do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Feira de
Santana, que abordaram os aspectos legais, sociais e reflexivos a respeito do
tema.
A palestra foi ministrada por Jusciete Silva do Nascimento
Santos, assistente social do Dispensário Santana e vice-presidente do Conselho da
Criança e do Adolescente. Ela destacou o papel fundamental da instituição na
luta contra o trabalho infantil, ao longo de seus 40 anos de existência.
Também enfatizou a relevância de estimular a reflexão sobre
os direitos dos menores. "A instituição Dispensário Santana, ao longo dos seus
40 anos de existência, tem lutado contra essa situação da exploração do
trabalho infantil. Por isso, sempre se preocupou em apresentar uma gama de
atividades que possa trazer para a criança e para adolescentes essa reflexão
acerca dos seus direitos", salientou.
Caique Barreto, presidente do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, reforçou a necessidade de intensificar os esforços
no combate ao trabalho infantil. Ele ressaltou a importância da educação e do
sonho para as crianças e adolescentes, frisando que o trabalho infantil é crime
e que a proteção da infância é um dever de todos. "Estamos aqui, justamente,
levando para os adolescentes e crianças a importância de estudar, a importância
de sonhar. Muitas delas vivem em situação de trabalho infantil, muitas têm esse
desejo também de trabalhar logo no início, mas estamos aqui conscientizando,
construindo toda essa rede de proteção, todo o sistema de direito de garantia
que a criança deve sonhar. Criança não deve trabalhar. O trabalho infantil é
crime, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente", observou.
O evento proporcionou um espaço para reflexões sobre como a
sociedade encara o papel das crianças e dos adolescentes, além de dar noções de
como se pode construir um futuro mais promissor para eles.
Para o estudante José Arlindo Guerra da Conceição Júnior, de 18 anos, a palestra evidenciou a necessidade de redefinir valores para as novas gerações. "É muito triste, porque, desde pequenos, recebemos dos nossos pais, mães e avós a ideia de que o trabalho precoce é necessário. Ensinam que precisamos sempre ajudar em casa e no trabalho, enquanto estudar não é valorizado. Contudo, esse é um conhecimento ultrapassado, transmitido de geração em geração", concluiu.