No próximo dia 1º de outubro, quando se celebra o Dia do Idoso, especialistas reforçam o alerta para o Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta memória, raciocínio, linguagem, orientação e comportamento. Os sintomas variam conforme os estágios da enfermidade e que ela é mais comum entre pessoas com menor grau de escolaridade.
Os sinais iniciais da doença podem ser sutis e confundidos com o envelhecimento natural, o que frequentemente retarda o diagnóstico e o início de tratamentos que ajudam a retardar a progressão dos sintomas.
O Brasil enfrenta um processo acelerado de envelhecimento populacional. Segundo o IBGE, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais quase dobrou entre 2000 e 2023 — faixa etária em que o risco de Alzheimer é mais alto, especialmente entre as mulheres. Já um relatório do Ministério da Saúde projeta que, até 2050, o número de brasileiros com demência pode chegar a 5,5 milhões, um aumento de cerca de 360% em relação aos índices atuais.
A médica Ana Margarita Bolaños Cordeiro Vinhas, preceptora de Neurologia da Clínica Escola Afya Salvador, explica que não há forma definitiva de prevenir o Alzheimer, mas que hábitos saudáveis podem reduzir o risco. “Dieta equilibrada, atividade física regular, controle da pressão arterial, diabetes e obesidade, sono de qualidade e estímulos cognitivos, como fazer palavras cruzadas, aprender um idioma ou tocar um instrumento musical, ajudam a fortalecer a reserva cognitiva e proteger o cérebro”, orienta.
Os especialistas ressaltam que prevenção e diagnóstico precoce são essenciais. Manter-se ativo física, social e mentalmente é uma das estratégias mais eficazes para retardar o avanço da doença.