O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou avanço de 1,3 ponto em setembro e chegou a 87,5 pontos, o maior patamar desde dezembro de 2024. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) e divulgados pela agência Reuters e pelo portal InfoMoney.
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, o resultado foi puxado pela melhora das expectativas. “A alta da confiança foi concentrada na melhora das expectativas, principalmente pelo indicador de situação econômica futura, que subiu em todas as faixas de renda”, destacou.
Enquanto isso, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 2,5 pontos em setembro, após duas altas consecutivas, e ficou em 82,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,7 pontos, alcançando 91,8 pontos.
Para Gouveia, fatores como a manutenção de um mercado de trabalho aquecido e a desaceleração da inflação reduziram o pessimismo da população em relação ao futuro. No entanto, ela pondera que o elevado endividamento e a inadimplência das famílias ainda limitam uma recuperação mais consistente da confiança.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam o cenário: a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, voltando a atingir o menor nível da série histórica. Por outro lado, a política monetária segue como obstáculo ao consumo, com a taxa básica Selic mantida em 15%.