Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, sexta, 07 de novembro de 2025

Geral

Por Dom Itamar Vian: Preservar o passado

12 de Maio de 2015 | 09h 10
Por Dom Itamar Vian: Preservar o passado
O Museu Regional de Artes, no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), que, durante dois anos passou por processo de restauração, foi reaberto no último dia 9 de maio.
 
Já na antiguidade romana, Cícero proclamou que a história é a mestra da vida. Ela nos ensina duas direções: garantir os valores e evitar os erros cometidos. Na Renascença, Nicolau Maquiavel ampliou o sentido da frase: não podemos dizer o que virá, se não sabemos o que veio antes. Quem não conhece sua história  não tem futuro.
 
Somos um país jovem e acostumado a olhar para frente. Os imigrantes que povoaram a região queriam esquecer um passado doloroso e construir uma nova história. Nesta saga bonita, o passado acabou por ser relegado ao descartável. E junto com o passado, muitos valores foram esquecidos.
 
No Brasil, ainda não se descobriu o valor e o significado de um museu para as comunidades. Na velha Europa, o museu é o lugar de destaque na cultura e no turismo das cidades. A comunidade científica e antropológica oferece toda uma estrutura de organização dos museus. Quem vai visitar um museu deve ter espírito aberto para aprender.
 
A melhor forma de conhecer a história, os costumes, as artes e a vida de uma comunidade é visitar o museu. A pessoa tem contato direto com os acervos da vida e dos hábitos de uma comunidade. É mais fácil e mais simples do que aprender as mesmas coisas nas páginas dos livros. Infelizmente, muitas de nossas escolas e  universidades  não perceberam esta forma de cultura. É preciso alertar, também, que organizar um museu não é responsabilidade da iniciativa privada, mas um dever do poder público como administrador dos valores e da cultura de uma comunidade.
 
Os jovens, quando são bem orientados na visita a um museu, saem impressionados com o que vêem e com o que encontram. É urgente motivar autoridades e legisladores no sentido de despertar o interesse de suas comunidades e conservar sua história, seus costumes e suas vidas para as gerações futuras. Não precisamos sonhar com museus tradicionais e grandes, o que interessa mesmo é conservar a história das famílias, das comunidades, das igrejas...


Geral LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje