Alessandro Tagliaferro, ex-assessor do Ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou fama em 2023 após suas denúncias públicas sobre supostas irregularidades e uma série de acusações que lançaram luz sobre os bastidores da Corte.
Tagliaferro fez uma série de acusações, entre as quais se
destacam:
Coação e Pressão: Ele alegou que, durante seu período como
assessor, sofreu pressão e foi coagido a agir de forma questionável. Segundo ele,
havia um ambiente de trabalho tenso e de constante vigilância, o que o teria
levado a se afastar do cargo.
Irregularidades em Inquéritos: Uma das denúncias mais graves
foi a de que inquéritos importantes, como o que investiga a disseminação de
fake news e ataques às instituições democráticas, teriam sido conduzidos com
procedimentos atípicos. Tagliaferro sugeriu que algumas ações, como buscas e
apreensões, teriam sido executadas com base em critérios políticos, e não
estritamente jurídicos. Documentos
apresentados por ele no Senado, indicam que uma petição teve data adulterada
para indicar que o material técnico teria sido elaborado antes. Segundo ele
havia um gabinete paralelo e algumas ações aconteceram após “ pesca probatória”. A data era alterada para não dar impressão que a investigação tinha sido feita apenas por uma notícia.
O ministro Moraes se pronunciou
diretamente sobre as alegações de seu ex-assessor e disse que foi tudo feito de
forma legal. Alessandro está na Itália e fez seu depoimento via teleconferência.
O caso de Alessandro Tagliaferro levanta um debate
importante sobre os limites da atuação do Judiciário, a transparência nos
inquéritos e a proteção a quem denuncia irregularidades. Embora as acusações
não tenham se traduzido em processos, elas deixaram uma marca no cenário
político-jurídico, alimentando discussões sobre o papel do STF na atual
conjuntura brasileira.