A menina Sophia Vitória Miranda de Lima, que nasceu com o intestino exposto (gastrosquise) no último dia 9 de fevereiro no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, morreu neste sábado (14) no Hospital Estadual da Criança, após ser acometida por uma insuficiência renal. O bebê foi transferido para o HEC, após 24h do nascimento, onde passou por cirurgia e foi encaminhado para a UTI neonatal de alta complexidade.
A avó paterna da criança, Edilene Bezerra Lima, acredita que o quadro da criança se agravou, devido à demora na regulação. Ainda de acordo com ela, a menina apresentou a insuficiência renal e diversas paradas cardíacas, após passar pelo procedimento cirúrgico.
Edilene disse também que se a mãe do bebê, de apenas 15 anos, tivesse tido a oportunidade de fazer um pré-natal eficiente, com a ultrassom morfológica, o problema teria sido detectado antes do parto.
De acordo com a diretora da Fundação Hospitalar, Gilbert Lucas, que administra o Hospital da Mulher, a mãe da criança, de 15 anos, chegou ao local em trabalho de parto e o procedimento teve que ser realizado com urgência. Segundo ela, a maternidade não é credenciada para fazer esse tipo de cirurgia, e portanto, encaminhou documentos para a central de regulação.
O pediatra Luciano Braga, do Hospital da Mulher, explicou que esse tipo de fragilidade abdominal ocorreu devido à má formação do feto, que faz com que o abdômen da criança se abra ainda dentro da parte uterina e as vísceras fiquem expostas. “Às vezes, isso é detectado na ultrassom obstétrica ou na morfológica. Nesse caso, não foi detectado o quadro”.