Imunização com ACWY, contra meningite, começou; saiba como fica o esquema vacinal após mudança - Tribuna Feirense

Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, sábado, 19 de julho de 2025

Saúde

Imunização com ACWY, contra meningite, começou; saiba como fica o esquema vacinal após mudança

03 de Julho de 2025 | 10h 48
Imunização com ACWY, contra meningite, começou; saiba como fica o esquema vacinal após mudança
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

Desde o início desta semana, crianças com 12 meses de vida passaram a receber a dose ACWY, do esquema vacinal contra a meningite, como reforço, no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o imunizante protege contra os sorogrupos A, C, W e Y. Até então, nessa faixa etária, o reforço era feito com a meningocócica C.

A partir da mudança, o esquema completo contra a doença, na rede pública, passou a ser o seguinte: duas doses da meningocócica C aplicadas, aos 3 e aos 5 meses; e um reforço com a ACWY, aos 12 meses.

Entre os 11 e os 14 anos, a orientação é que a ACWY também seja aplicada. Neste caso, ela deve ser administrada em dose única ou como um novo reforço, conforme o histórico vacinal.

O Ministério da Saúde lembra que crianças que já tomaram as duas doses da vacina meningocócica C e a dose de reforço da mesma vacina não precisam receber a ACWY, neste momento. Já as que ainda não foram vacinadas aos 12 meses podem receber a ACWY como reforço.

A vacina – A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) informa que a ACWY é uma vacina inativada, não causando, portanto, a doença. A única contraindicação listada pela entidade é para pessoas que tiveram anafilaxia após o uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.

A dose é administrada, exclusivamente, por via intramuscular profunda. Os cuidados com a vacinação, de acordo com a SBIm, incluem:

 

- adiamento da vacinação, em caso de febre, até que ocorra a melhora do quadro;

- compressas frias para aliviar a reação no local da aplicação (em casos mais intensos, pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica);

- em caso de sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação, deve-se notificar o serviço que realizou a aplicação;

- se sintomas de eventos adversos persistirem por mais de 24 horas e estenderem-se por mais de 72 horas, é preciso investigar, para verificação de outras causas;

- a ACWY pode ser aplicada no mesmo momento em que a vacina meningocócica B.

 

Os efeitos e eventos adversos listados pela Sociedade Brasileira de Imunizações são:

 

- 10% dos vacinados apresentam inchaço, endurecimento, dor e vermelhidão no local da aplicação; perda de apetite; irritabilidade; sonolência; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor muscular;

- entre 1% e 10% dos vacinados apresentam sintomas gastrintestinais (incluindo diarreia, vômito e náusea); hematoma grande no local da aplicação; erupções na pele e dor nas articulações;

- entre 0,1% a 1% dos vacinados ocorrem insônia; choro persistente; sensibilidade diminuída da pele no local da aplicação; vertigem; coceira; dor muscular; dor nas mãos e pés e mal-estar;

- em 0,01% a 0,1%, principalmente entre adultos, acontece inchaço extenso no membro em que foi aplicada a vacina, com frequência associado à vermelhidão, algumas vezes envolvendo a articulação próxima ou inchaço de todo o membro.

 

A entidade enfatiza que as reações adversas tendem a desaparecer em até 72 horas.

Números – Segundo o Ministério da Saúde, em 2025, o Brasil registrou, até o momento, 4.406 casos confirmados de meningite, sendo 1.731 do tipo bacteriana; 1.584 do tipo viral; e 1.091 por outras causas ou de tipos não identificados.

Outras vacinas disponíveis no SUS, como a BCG (utilizada para a prevenção da tuberculose em seres humanos), a penta e as pneumocócicas 10, 13 e 23-valente, também ajudam a proteger contra algumas formas de meningite, de acordo com a pasta.

A doença – A meningite é uma grave inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas incluem dor de cabeça intensa, febre, náuseas e rigidez no pescoço.

A doença, que é potencialmente fatal, pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer com metástase nas meninges, lúpus, reações a medicamentos e traumatismos cranianos.

Conforme o MS, as meningites bacterianas são mais frequentes no outono e no inverno. Já as de origem viral predominam na primavera e no verão. A recomendação é que um serviço de saúde seja, imediatamente, buscado, em caso de aparecimento dos sintomas.

 

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



Saúde LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje