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Segurança

Advogado é preso sob suspeita de auxiliar fuga de 16 detentos e atentado contra diretor de presídio na Bahia

01 de Julho de 2025 | 13h 54
Advogado é preso sob suspeita de auxiliar fuga de 16 detentos e atentado contra diretor de presídio na Bahia
Foto: Reprodução/Redes sociais

Um advogado foi preso, na manhã desta terça-feira (1º), na cidade de Serrinha, no Norte da Bahia, por suspeita de auxiliar 16 detentos a fugir do Conjunto Penal de Eunápolis, no Extremo Sul do estado. Ele também é acusado de participação no atentado contra o diretor da referida unidade prisional.

A fuga dos presos ocorreu em dezembro de 2024 e foi registrada por câmeras de segurança. Na ocasião, oito homens fortemente armados invadiram o presídio e atiraram contra os agentes de segurança.

O advogado foi identificado como Heraldo Silva de Souza. O inquérito aponta que ele exercia um papel fundamental na estrutura da organização criminosa, como, por exemplo, gerir os recursos financeiros oriundos do tráfico de drogas; realizar prestação de contas; e cobrar metas semanais de arrecadação.

As autoridades policiais não detalharam como o jurista participou da fuga dos detentos, nem do atentado contra o diretor da unidade.

A ordem judicial de prisão foi cumprida durante a deflagração da Operação Dupla Face, comandada, de forma integrada, pela Polícia Civil da Bahia (PCBA) e pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).

Na mesma ação policial, também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, nos quais foram arrestadas duas armas e munições.

Fuga – As investigações apontam que os fugitivos estavam no pavilhão B do Conjunto Penal de Eunápolis, quando usaram uma "teresa" — tipo de corda formada por lençóis — para evadir pela lateral do alambrado.

Segundo o coronel Luís Alberto Paraíso, comandante de Policiamento Militar da Região Sul, os internos perfuraram o teto de uma cela para fugir. "O grupo criminoso veio de fora do presídio, cortou a grade e começou a atirar nas guaritas. Essa troca de tiro sustentou a fuga dos elementos que desceram por cordas e fugiram pelo matagal", detalhou.

Tais informações não foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Por meio de nota, a pasta afirmou que "um grupo de homens fortemente armados invadiu o Conjunto Penal de Eunápolis e, após intensa troca de tiros com a segurança da unidade, abriram duas celas e 16 internos conseguiram fugir".

Após 16 detentos escaparem, a diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança da unidade prisional foram afastados dos cargos. Posteriormente, a ex-diretora Joneuma Silva Neres foi presa, sob suspeita de facilitação da fuga. Conforme o inquérito, ela tinha ligação com uma organização criminosa que atuava no município.

Com a suspeita, a polícia apreendeu celulares, chips telefônicos, um caderno de anotações e R$ 8 mil em espécie. Todo o material foi apresentado na delegacia da Polícia Civil, em Eunápolis.

Em maio, um motorista que trabalha no Conjunto Penal foi baleado, enquanto dirigia nas proximidades da unidade prisional. Conforme a Seap, há indícios de que o atentado tinha como alvo o diretor Jorge Magno Alves. No entanto, o gestor saiu ileso.

Na ocasião, cinco homens encapuzados e vestindo roupas camufladas usaram um armamento de grosso calibre, incluindo fuzis 7,62 mm e 5,56 mm, no veículo, que, geralmente, era utilizado pelo diretor do presídio.

O carro, porém, estava ocupado apenas pelo motorista do presídio. A vítima, mesmo ferida, conseguiu dirigir até ser socorrida por policiais militares, tendo sido encaminhada a um hospital e passado por cirurgia.



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