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  • Feira de Santana, sbado, 19 de julho de 2025

Economia

Preços de alimentos caem e prévia da inflação de junho fica em 0,26%

26 de Junho de 2025 | 12h 22
Preços de alimentos caem e prévia da inflação de junho fica em 0,26%
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Depois de nove meses seguidos de alta, os preços dos alimentos apresentaram queda em junho e ajudaram a fazer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), também conhecido como prévia da inflação oficial, fechar em 0,26%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (26). O resultado representa o quarto mês seguido de desaceleração, o que significa que a inflação está perdendo força.

Veja o comportamento do IPCA-15 desde fevereiro, quando foi apurado o maior índice do ano:

 

Fevereiro: 1,23%;

Março: 0,64%;

Abril: 0,43%;

Maio: 0,36%;

Junho: 0,26%.

 

O resultado de junho também deixa o IPCA-15 abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (0,39%). No acumulado de 12 meses, o índice soma 5,27%.

Influências – Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete apresentaram alta em junho. Além da alimentação, o outro grupamento com recuo nos preços foi educação (-0,02%).

Entre os que tiveram alta, a maior pressão veio da habitação, que subiu 1,08%, representando impacto de 0,16 ponto percentual (p.p.) no IPCA-15.

 

- Habitação: 1,08%;

- Vestuário: 0,51%;

- Saúde e cuidados pessoais: 0,29%;

- Despesas pessoais: 0,19%;

- Artigos de residência: 0,11%;

- Transportes: 0,06%;

- Comunicação: 0,02%;

- Alimentação e bebidas: -0,02%;

- Educação: -0,02%.

 

O grupo habitação foi influenciado pelo subitem energia elétrica residencial, o que mais contribuiu para a inflação dentre todos os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

A conta de luz ficou 3,29% mais cara (impacto de 0,13 p.p.) por causa da incorporação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na fatura a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, que passou a vigorar em junho.

Impactos negativos – Dos quatro principais impactos negativos no índice, três são subitens do grupo alimentação:

 

Tomate: -7,24% (-0,02 p.p.);

Ovo de galinha: -6,95% (-0,02 p.p.);

Arroz: -3,44% (-0,02 p.p.).

 

As frutas ficaram 2,47% mais baratas. A cebola (9,54%) e o café moído (2,86%), por outro lado, subiram. A deflação dos alimentos em junho é a primeira desde agosto de 2024, quando os preços tinham caído 0,80%. Desde então, foram nove meses de alta, tendo o pico sido atingido em dezembro (1,47%). Em maio, a elevação foi 0,39%.

A gasolina, subitem que tem o maior peso na cesta de preços apurada pelos pesquisadores, recuou 0,52%, tirando 0,03 p.p. do IPCA-15. O grupo combustíveis, como um todo, recuou 0,69%.

 

- óleo diesel (-1,74%);

- etanol (-1,66%);

- gasolina (-0,52%);

- gás veicular (-0,33%).

 

O índice – O IPCA-15 tem, basicamente, a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo: 3% em 12 meses, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos. 

A diferença está no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Na prévia, a pesquisa é feita e divulgada antes de acabar o mês de referência. Em relação à divulgação atual, o período de coleta foi de 16 de maio a 13 de junho.

Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente, o valor do mínimo é R$ 1.518.

O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades do país (as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.); e o IPCA, 16 localidades (inclui Vitória, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju). O IPCA cheio de junho será divulgado em 10 de julho.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



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