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  • Feira de Santana, sbado, 19 de julho de 2025

Economia

Copom decide, nesta quarta-feira (18), se pausa ciclo de altas na Taxa Selic

18 de Junho de 2025 | 10h 11
Copom decide, nesta quarta-feira (18), se pausa ciclo de altas na Taxa Selic
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Com a inflação desacelerando, mas alguns preços pressionados, como é o caso da energia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide, nesta quarta-feira (18), se pausa o ciclo de alta na Taxa Selic. O indicador mede os juros básicos da economia.

Os analistas de mercado estão divididos entre a manutenção da percentagem ou uma última elevação antes de o BC interromper as altas. Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano. Este é o maior nível desde agosto de 2006. Desde setembro de2024, a taxa foi elevada seis vezes seguidas.

De acordo com a mais recente edição do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 14,75% ao ano até o fim de 2025, dando início a uma redução apenas em 2026.

No entanto, parte do mercado aposta numa elevação para 15% ao ano. No comunicado emitido após a última reunião, ocorrida em maio, o Copom destacou que mais indicadores mostram desaceleração da economia, o que mostra o início dos efeitos do ciclo de alta dos juros.

O texto não informou, entretanto, o que aconteceria depois da reunião de maio. Apenas afirmou que é necessário esperar que “os canais de transmissão da política monetária estejam desobstruídos”, para garantir que o aumento dos juros provoque efeito sobre a economia real.

Hoje, ao fim do dia, o Copom anunciará sua decisão. Após chegar a 10,5% ao ano, de junho a agosto de 2024, a Selic começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.

Inflação – A queda da inflação aumentou as chances de interrupção no ciclo de altas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,26% em maio e para 5,32% em 12 meses.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo BC com instituições financeiras, a estimativa de inflação para 2025 caiu para 5,25%, contra 5,5% há quatro semanas. Isto representa inflação acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Taxa Selic – A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua, diariamente, através de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a pretensão é conter a demanda aquecida. Isto causa reflexos nos preços, uma vez que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como é o caso do risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e sobre o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta contínua – Pelo novo sistema de meta contínua, em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isto significa que o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado, no fim de março, pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 5,1%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



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