A artista plástica baiana Nanja apresenta a sua nova
exposição individual ao público de Feira de Santana nesta quarta-feira (11). O
vernissage da mostra Para não dizer que não
falei das flores acontece às 19h, na Um Casa, espaço de arte e decoração situado
na Avenida Noide Cerqueira, número 6.934.
Autora de telas sempre vibrantes e coloridas, Nanja traz, nos
quadros que expõe esta noite, toda a beleza das flores. A inspiração veio de
seu próprio jardim, uma espécie de oásis em meio a um cotidiano citadino, por
vezes, estéril e insalubre.
Segundo a autora, é o seu modo de combater a violência urbana
que nos acua, cada dia mais, dentro de nossos muros, um legítimo “desejo de um
mundo melhor e mais colorido”, como ela própria define. “Vou caminhando e
seguindo a minha trilha cheia de flores e afetos. Vamos colorir a vida e focar
no Ser, com a leveza e muito amor no coração. Só assim, venceremos a violência”,
afirma.
Nanja destaca que sua obra é um reflexo de seu modo de pensar,
viver e responder ao mundo gris e caótico que nos cerca. E a nova fase, repleta
de flores, busca, exatamente, o que ela crê que a humanidade precisa, nesse momento.
“Fase das flores e cores. Tenho rosto e alma coloridos. É que a vida está
precisando de cores para mudar o panorama escuro que nos rodeia. Mostro todo o
colorido que me envolveu no momento da criação”, enfatiza.
Natural de Vitória da Conquista, município localizado no
Sudoeste da Bahia, Nanja está radicada em Feira de Santana desde a década de
1970. Autodidata, participou de diversos movimentos artísticos e culturais, na
cidade. Seu currículo artístico é extenso, incluindo diversas exposições
individuais e coletivas, premiações e Salões de Arte.
Dentre as honrarias conquistadas pela autora, estão menções
honrosas na Bienal do Recôncavo (1991); no IV Salão Regional de Feira de
Santana (1997); e no Salão Regional de Artes Plásticas da Bahia.
Ela define a sua produção artística como fruto de um espírito
vívido e inquieto, que anseia transformar o ambiente que o rodeia. “Minha
postura diante da tela é sempre a de alguém que está em exercício e recomeçando.
Talvez isso se deva a uma característica de minha personalidade inquieta. Pinto
para buscar uma harmonia com a vida, ao mesmo tempo em que tento colocar para
fora as minhas impressões do mundo”, observa.
Pintora há 50 anos, Nanja se destaca, ainda, pela confecção
de mosaicos, técnica que iniciou há 25 anos, pela necessidade de experimentar
novos materiais e formas de fazer arte. Atualmente, ela divide o tempo entre a pintura
tradicional, sobre tela; a pintura em cerâmica; e o mosaico.
A artista tem trabalhos instalados em vários pontos de Feira
de Santana e Salvador, a exemplo de mandalas, painéis, calçadas, fachadas e
muros. Também produziu capas de livros e revistas, publicados no Brasil e no
exterior.
EMOÇÃO – No vernissage de hoje, o público
terá a oportunidade de apreciar telas carregadas de emoção e leveza, frutos de sua
sensibilidade, alegria, energia vibrante e capacidade de captar a beleza, transformando
as flores de seu convívio em alento para os olhos e alma humanos.