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  • Feira de Santana, quinta, 15 de maio de 2025

Saúde

Laudo cadavérico de garoto que injetou líquido com restos de borboleta na perna não aponta causa da morte

16 de Abril de 2025 | 09h 40
Laudo cadavérico de garoto que injetou líquido com restos de borboleta na perna não aponta causa da morte
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O laudo cadavérico de Davi Nunes Moreira, adolescente que injetou um líquido preparado com restos de borboleta na perna, não apontou a causa da morte. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (16), pela Polícia Civil da Bahia (PCBA). Novos exames serão realizados.

Davi Nunes Moreira tinha 14 anos e era morador da cidade de Planalto, no Sudoeste baiano. Em fevereiro, ele foi socorrido, com sintomas como febre, vômitos e hematoma na perna, para o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), cidade localizada na mesma região.

Após alguns dias internado, a vítima contou a uma médica que havia amassado uma borboleta, misturado os fluidos corporais do inseto com água e usado uma seringa para injetar o líquido na própria perna.

O adolescente evoluiu a óbito no dia 12 de fevereiro. Na ocasião, o pai encontrou, debaixo do travesseiro do garoto, a seringa que ele teria usado para aplicar a substância em seu corpo. No entanto, faltava descobrir o que ocasionou a morte de Davi. Para tanto, a Polícia Civil informou que aguardaria o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Nesta terça-feira (15), a delegada responsável pela investigação informou, ao portal G1, que a hipótese de participação do garoto em algum tipo de desafio online está descartada.

Segundo a autoridade policial, o menino não tinha celular. Com isso, as circunstâncias do óbito seguem sem explicação. Nada que apontasse uma motivação para a vítima ter injetado o fluido na perna foi encontrado.

A delegada ressaltou que a família só tomou conhecimento da aplicação da injeção dias após o menino apresentar os sintomas que desencadearam o óbito. Ela reforçou que o adolescente não contou a ninguém o que havia feito.

O INCIDENTE – O primeiro sintoma apresentado pelo adolescente foi um edema na perna. Uma semana antes de ele ser hospitalizado, o pai percebeu que o filho mancava. Ao ser questionado, o garoto disse que havia se machucado enquanto brincava.

Quando outros sintomas surgiram, o pai resolveu levar o garoto até o Hospital Municipal de Planalto. Ele deu entrada na unidade apresentando vômito. Davi Moreira passou sete dias internado, até a equipe médica decidir pela transferência para Vitória da Conquista (HGVC), unidade na qual o menino revelou o que havia feito.

ALERTA – Com a repercussão do caso, especialistas passaram a vir a público, alertar sobre os riscos de se manipular e autoaplicar fluidos biológicos de insetos. As borboletas, por exemplo, têm substâncias tóxicas, que funcionam como mecanismo de defesa contra predadores.

Entretanto, dizem os estudiosos, a quantidade de toxinas em um único inseto seria muito pequena para chegar a afetar gravemente a saúde humana, especialmente por meio de uma injeção.

O problema, no caso do adolescente, pode ter sido, portanto, mais por causa da introdução de um líquido não estéril no corpo do que pela própria toxina da borboleta. Isto porque fluidos não adequados à aplicação podem carregar bactérias e provocar infecções graves, especialmente quando há contato com a corrente sanguínea.

 

 


*Com informações do g1 BA.



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