Duas pessoas morreram carbonizadas, na manhã desta sexta-feira (7), após a queda de um avião de pequeno, na região da Barra Funda, Zona Oeste do município de São Paulo. Uma explosão foi ouvida pouco antes de a aeronave atingir o solo.
A aeronave, que tinha como destino final a cidade de Porto
Alegre, capital do Rio Grande do Sul (RS), ainda teria tentado fazer um pouso
de emergência, mas acabou caindo em plena Avenida Marquês de São Vicente.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo (SSP-SP), pelo menos oito pessoas que estavam no local precisaram ser
socorridas. Elas sofreram diversos ferimentos. Não há detalhes sobre os quadros
clínicos.
Os mortos são o piloto Gustavo Carneiro Medeiros e o advogado
Márcio Louzada Carpena, de 49 anos. Este era professor da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e atuava como palestrante
motivacional.
Além disso, era sócio majoritário do escritório Carpena
Advogados, que tem escritórios em Porto Alegre e em Caxias do Sul. O jurista
era divorciado e tinha três filhos menores de idade.
O Corpo de Bombeiros detalhou que o acidente ocorreu por
volta das 7h20. Segundo a corporação, a aeronave, que foi fabricada em 1981 e comprada,
pela empresa de Carpena, no dia 11 de dezembro de 2024, caiu sobre um ônibus
que trafegava na via.
A Assessoria de Comunicação (Ascom) do Aeroporto Campo de
Marte, de onde o avião decolou, informou que o contato com o bimotor King Air F-90, prefixo PS-FEM, foi
perdido pouco depois da partida. “A torre de controle perdeu o contato com a
aeronave às 7h16, minutos após a decolagem”, detalhou o setor.
INVESTIGAÇÃO – A Força Aérea Brasileira (FAB) ressaltou que especialistas do
Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Seripa IV), órgão vinculado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados, a fim de identificar as causas do
acidente. O objetivo também é prevenir novas ocorrências.
Por meio das redes sociais, o secretário de Segurança Pública
de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que as equipes da pasta “estão
empenhadas na ocorrência da queda” e que “o Corpo de Bombeiros fez o controle
das chamas”.
O gestor salientou, ainda, que equipes da Polícia Militar do
Estado de São Paulo (PMSP), da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) e da
Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) também estão dando
suporte aos trabalhos.
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, lamentou o
acidente. Ele disse que a Administração Municipal está disponibilizando “todas
as estruturas de atendimento para socorro às vítimas”.
De acordo com chefe do Executivo estadual, funcionários da
Defesa Civil, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e agentes de
trânsito e do setor de transportes da capital paulista estão no local,
auxiliando o Corpo de Bombeiros no processo de resgate das vítimas.
Ônibus – Por meio de nota, a SPTrans, que administra o
transporte por ônibus em São Paulo, informou que o ônibus atingido por
destroços da aeronave operava a linha 8500/10, Terminal Pirituba/Metrô Barra
Funda. O veículo pertence à concessionária Santa Brígida.
O órgão frisou que, como a área da queda do avião está isolada, dez linhas de ônibus que operam na região precisaram ter seus cursos alterados. A Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) pede que as pessoas evitem circular pela região onde o acidente aconteceu.