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Economia

Receita Federal esclarece que fiscalização de Pix não afetará autônomos

14 de Janeiro de 2025 | 13h 07
Receita Federal esclarece que fiscalização de Pix não afetará autônomos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Arquivo)

A Receita Federal (RF) esclareceu que o reforço na fiscalização do Pix não afetará a renda dos trabalhadores autônomos. Por meio das redes sociais, o órgão sanou dúvidas sobre o impacto das novas regras de monitoramento, em situações como compra de material por trabalhadores que fazem bicos e uso de cartão de crédito compartilhado com a família.

No caso dos trabalhadores autônomos, o Fisco enfatizou que sabe que a movimentação financeira é sempre maior que o lucro final, maior que a renda efetiva do profissional.

Por isso, disse o órgão, o reforço na fiscalização não afetará o profissional que usa o Pix para comprar materiais e insumos, porque a Receita Federal já monitora a diferença entre os custos e o faturamento desde 2003.

A Receita explicou que “quem faz bicos e tem custos de produção não precisa se preocupar. Mesmo que movimentem mais de R$ 5 mil, a Receita já tem o hábito de monitorar essa diferença, como no caso de quem vende produtos ou serviços e usa o Pix para o pagamento”.

PedreirosA mesma situação ocorre com pedreiros e eletricistas, por exemplo, que recebem pagamento via Pix e que também usam essa ferramenta para comprar material.

O Fisco informou que já cruza esse tipo de movimentação com as notas fiscais de lojas de materiais. “Pedreiro e o Pix para material também não geram problemas. A Receita já sabe que esse tipo de movimentação é comum e cruza dados com outras fontes, como notas fiscais”, esclareceu.

A Receita Federal usou como exemplo um pedreiro que cobra R$ 1 mil pela mão de obra de um serviço, mas a pessoa que o contrata repassa R$ 4 mil para ele comprar material, como piso.

Nesse caso hipotético, mesmo que as transações sejam feitas via Pix, o Fisco já tinha a informação de que os R$ 4 mil repassados foram para a loja de materiais, não ficando como rendimento para o profissional. Isto porque o dinheiro é movimentado por instituições financeiras.

Além disso, após cruzar as movimentações com as notas fiscais eletrônicas das lojas de material de construção, a Receita sabe dos R$ 4 mil em compras realizadas. Nesse caso, a renda a ser considerada será apenas os R$ 1 mil que o pedreiro recebeu, de fato, pelo serviço. “Ninguém cai na malha fina por isso! A Receita sabe que a movimentação financeira é sempre maior que o rendimento, o ‘lucro’ tributável. Ignorar isso seria um erro primário que a Receita não comete”, frisou o órgão.

Cartões de crédito compartilhadosNo caso de uma pessoa que compartilha o cartão de crédito com o restante da família e a fatura é maior que o salário, o Fisco esclarece que o contribuinte não cairá na malha fina, uma vez que esse tipo de fiscalização é feita há mais de duas décadas. “Nada mudou! A Receita tem os dados do cartão de crédito desde 2003, há mais de 20 anos. Se você nunca passou por problemas, não passará agora”, enfatizou.

MicroempreendedoresA Receita reiterou que oferece diversas soluções para o profissional autônomo, como a abertura de um registro de microempreendedor individual (MEI), que permite a contribuição para a Previdência Social e o recolhimento dos tributos estaduais e municipais, conforme o caso. Essa solução existe desde 2008.

Combate ao crimeO Fisco destacou que as novas regras, que obrigam bancos digitais e carteiras de pagamento a informar as movimentações à Receita, buscam combater movimentação por fraudadores e criminosos e a lavagem de dinheiro, sem punir o trabalhador. “O que a Receita quer é combater os golpes de Pix, quem usa essas ferramentas para enganar a população”, observou.

De acordo com a Receita Federal, a fiscalização acompanha o avanço tecnológico das movimentações financeiras e simplifica a vida do contribuinte, em vez de complicá-la. “A Receita Federal está cada vez mais automatizando o processo de coleta de informações, como os dados do Pix, para evitar que os cidadãos tenham que se preocupar com a fiscalização. A ideia é simplificar, não complicar a vida de ninguém!”, concluiu.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



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