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Justiça

Ex-vocalista da New Hit volta a ser preso, doze anos após condenação por crime de estupro

03 de Dezembro de 2024 | 12h 26
Ex-vocalista da New Hit volta a ser preso, doze anos após condenação por crime de estupro
Foto: Divulgação/Site Oficial

Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, ex-vocalista da banda baiana New Hit, responde pelo crime de estupro há 12 anos. Nesta segunda-feira (2), ele voltou a ser preso, em Salvador.

O pagodeiro foi condenado ao cumprimento de uma pena de dez anos de reclusão, por estupro coletivo. O crime, segundo os autos, foi praticado no dia 27 de outubro de 2012, contra duas fãs.

Atualmente, até o cumprimento da ordem judicial de prisão, Dudu Martins, como é mais conhecido no meio artístico, trabalhava como backing vocal do também cantor de pagode Igor Kannário.

De acordo com o inquérito policial que culminou na ação contra o músico, na ocasião do crime, dez integrantes da banda New Hit foram detidos, em Ruy Barbosa, cidade localizada na região Centro-Norte do estado, após denúncia de violação sexual contra duas adolescentes, ambas de 16 anos.

O estupro teria ocorrido dentro do ônibus do grupo, após um show realizado na micareta da referida cidade. As próprias vítimas denunciaram o abuso sofrido.

Na primeira sentença proferida, em 2015, contra os integrantes da New Hit, consta que as vítimas saíram de Itaberaba, cidade vizinha, para participar da micareta de Ruy Barbosa. E que, após a apresentação da banda, elas entraram no veículo, a fim de pegar autógrafos e fazer algumas fotos. "Tão logo começaram a posar para as fotos ao lado dos ídolos, as vítimas foram surpreendidas com atitudes libidinosas", diz os autos.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), foi praticada, contra as vítimas, conjunção carnal, mediante extrema violência, diversas vezes e em alternância, além de atos libidinosos.

Ao longo do processo, a Justiça ouviu as adolescentes; os réus; 12 testemunhas incluídas pela acusação, por meio do Ministério Público; e mais 53 testemunhas de defesa.

Os suspeitos foram condenados a 11 anos e oito meses de prisão, em 2015. Todavia, o grupo entrou com um recurso e logrou aguardar o novo julgamento em liberdade.

Dois anos depois, em 2017, eles foram presos. Cinco chegaram a cumprir pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, e três no Conjunto Penal de Feira de Santana, maior cidade do interior da Bahia.

No julgamento, dois investigados foram absolvidos. Os outros oito, porém, foram condenados a dez anos e oito meses de prisão, entre eles, Dudu Martins. Todos os sentenciados à pena de reclusão permaneceram presos.

Cinco meses depois, porém, em 7 de março de 2018, véspera do Dia da Mulher, eles acabaram liberados. Os réus se beneficiaram de um habeas corpus coletivo, solicitado pela defesa e concedido pela Justiça, passando a responder pelo crime em liberdade.

O pedido foi feito pela defesa, sob a alegação de que a prisão ocorreu antes de o processo transitar em julgado, isto é, antes de esgotados todos os recursos.

Agora, segundo explicou Victor Valente, advogado de Dudu Martins, à TV Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na região, o processo voltou do Superior Tribunal de Justiça (STJ), exaurindo-se o limite de recursos.

Com isso, disse o jurista, seu cliente, que aguardava o recurso em liberdade desde a data de soltura, em 2018, teve a ordem judicial de prisão cumprida.

 

 


 

*com informações do g1 BA.



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