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Economia

Novas regras da Caixa para financiamento de imóveis entram em vigor

01 de Novembro de 2024 | 13h 31
Novas regras da Caixa para financiamento de imóveis entram em vigor
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir desta sexta-feira (1º), os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal (CEF) terão que pagar uma entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel.

Isto porque o banco aumentou as restrições para a concessão de crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia imóveis com recursos da caderneta de poupança.

Quem financiar pelo sistema de amortização constante (SAC), em que a prestação cai ao longo do tempo, pagará mais na entrada, que subiu de 20% para 30% do valor do imóvel.

Já no sistema Price, com parcelas fixas, o valor aumentará de 30% para 50%. A instituição financeira só liberará o crédito para quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão, em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, porém as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

De acordo com a Caixa Econômica, as mudanças se aplicam a futuros financiamentos, não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. Assim, nos casos em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas.

A CEF concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE. Por meio de nota, o banco justificou as restrições, salientando que a carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para 2024.

Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que implica uma alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis.

No SBPE, o banco estatal concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano. “A Caixa estuda, constantemente, medidas que visam a ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam a expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou.

Falta de recursosO aperto na concessão de crédito habitacional decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Se não limitasse o crédito, a Caixa Econômica teria de aumentar os juros.

O Banco Central (BC) informou que a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas.

Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados.

Não está claro, até o momento, se as mudanças serão revertidas em 2025, quando o banco tiver um novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das medidas se tornarão definitivas, no próximo ano.

 


 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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