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Economia

Caixa Econômica muda regras de financiamento imobiliário; entenda

30 de Outubro de 2024 | 12h 31
Caixa Econômica muda regras de financiamento imobiliário; entenda
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir desta sexta-feira (1º), os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal (CEF) terão de pagar uma entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel.

A instituição aumentou as restrições para a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que realiza financiamentos com recursos da caderneta de poupança.

Dessa forma, para quem financiar imóvel pelo sistema de amortização constante (SAC), em que a prestação cai ao longo do tempo, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel. Já pelo sistema Price, com parcelas fixas, o valor aumentará de 30% para 50%.

Além disso, a Caixa Econômica informou que só vai liberar crédito para quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão, em todas as modalidades do sistema. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que tem juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

De acordo com a instituição, as mudanças se aplicam a futuros financiamentos, não afetando as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas. A CEF concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE.

Há duas semanas, a Caixa emitiu uma nota, justificando as restrições. Conforme o banco, os ajustes foram necessários porque a carteira de crédito habitacional deve superar o orçamento aprovado para 2024.

Até setembro, a instituição concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que implica em uma alta de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis.

No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano. “A Caixa estuda, constantemente, medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou a entidade financeira, no documento.

escassez de recursosO arrocho na concessão de crédito habitacional resulta, segundo a CEF, do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início de 2024. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros.

Dados divulgados pelo Banco Central (BC) mostram que a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas.

Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa Econômica, em meio à elevação das taxas nos bancos privados. Não foi informado se, no ano que vem, as mudanças serão revertidas, quando o banco tiver novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das novas regras se tornarão definitivas.

 

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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