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Política

Em discurso na cúpula dos Brics, Lula pede fim de conflitos e enfrentamento a questões climáticas

23 de Outubro de 2024 | 11h 41
Em discurso na cúpula dos Brics, Lula pede fim de conflitos e enfrentamento a questões climáticas
Foto: Reprodução

Por meio de videoconferência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta quarta-feira (23), da Sessão Plenária Aberta da Cúpula dos Brics, bloco de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico, do qual o Brasil faz parte.

Em seu discurso, o chefe de Executivo Nacional pediu o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e paz no Oriente Médio. O evento acontece em Kazan, capital e maior cidade da República do Tartaristão, na Rússia.

Para Lula, ambos os conflitos têm potencial para se tornarem guerras globais. “Essa insensatez, agora, se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano. Evitar uma escalada e iniciar negociações de paz também é crucial no conflito entre Ucrânia e Rússia. No momento em que enfrentamos duas guerras com potencial de se tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidade de trabalhar juntos, em prol de objetivos comuns”, afirmou.

O presidente salientou, ainda, que o Brasil, quando assumir a presidência dos Brics, a partir de 1º de janeiro de 2025, irá reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países. “Representamos 36% do PIB global por paridade de poder de compra. Entretanto, os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas. É um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo desenvolvido. As iniciativas e instituições do Brics rompem com essa lógica”, frisou.

Mudanças climáticasO chefe de Estado brasileiro também declarou que os membros do Brics são atores “incontornáveis” no enfrentamento da mudança do clima, mas destacou que os países ricos têm maior responsabilidade sobre a crise climática.

Para ele, os países desenvolvidos precisam implementar medidas que vão além dos US$ 100 bilhões em financiamento climático para nações mais pobres.

O compromisso foi firmado em 2009. No entanto, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só foi cumprido em 2022. “O Brics é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima. Não há dúvida de que a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, cujo histórico de emissões culminou na crise climática que nos aflige hoje”, ponderou.

Participação virtual – O presidente cumpre expediente no Palácio da Alvorada, em Brasília, esta manhã. Sua participação na cúpula dos líderes do Brics seria presencial, porém, em função da queda que sofreu no último sábado (19), foi orientado, pelos médicos que o atenderam, a não viajar. O acidente aconteceu no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil.

O governante está sendo representado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. O diplomata embarcou, com destino à Rússia, na noite d o último domingo (20).

 

 


 

*Com informações da CNN Brasil.



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