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Justiça

MP-RJ denuncia 6 pessoas do PCS Saleme, envolvidas na infecção de pacientes transplantados com HIV

22 de Outubro de 2024 | 18h 39
MP-RJ denuncia 6 pessoas do PCS Saleme, envolvidas na infecção de pacientes transplantados com HIV
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, denunciou, nesta terça-feira (22), seis pessoas, entre sócios e funcionários, ligadas ao Laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme.

O PCS Saleme está sendo investigado por realizar exames fraudulentos de sorologia em pacientes transplantados, por contrato com a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Os suspeitos foram indiciados por envolvimento na infecção de seis pacientes pelo vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), durante transplantes de órgãos realizados após a emissão de laudos falsos.

Segundo o MP, os denunciados são acusados de associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica. Uma das funcionárias também foi denunciada por falsificação de documento particular.

A denúncia encaminhada à Justiça inclui o pedido de prisão preventiva dos envolvidos, com o intuito de garantir o andamento das investigações. O processo corre sem segredo de Justiça. Em função disso, o órgão informou que detalhes não serão divulgados.

Nesta terça-feira (22), o governador do estado, Cláudio Castro, nomeou o médico Marcus Vinícius Dias como novo diretor executivo da Fundação Saúde. Ele assumirá o cargo após o chefe do governo fluminense aceitar, nesta segunda-feira (21), a renúncia da diretoria da entidade. 

Para Castro, a nomeação de Marcus Vinícius Dias reforça a transparência e a segurança com que correm as investigações sobre a infecção dos pacientes transplantados no Sistema Único de Saúde (SUS), após resultados falso-negativos em análises de amostras de sangue de dois doadores, realizadas pelo PCS Saleme.

DefesaA defesa dos sócios do laboratório declarou que considera arbitrário o pedido de prisão de Matheus Vieira, visto que este se apresentou voluntariamente para depor à polícia e segue colaborando com as investigações, tanto no âmbito penal quanto no administrativo.

A nota emitida pelos advogados afirma que a “análise preliminar do HemoRio apontou resultado negativo para HIV em todas as 286 amostras de sangue de doadores de órgãos que foram retestadas”. Isso, segundo a defesa, “comprova que os dois laudos errados foram episódios pontuais, porém graves, causados por falha humana”.

Os representantes jurídicos dos sócios envolvidos também asseguraram que os pacientes infectados com o vírus da Aids receberão o suporte necessário quando o laboratório validar, junto às autoridades, as medidas reparadoras que serão adotadas para eles e suas famílias.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.

 



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