A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi ouvida,
pela Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (2), no âmbito do inquérito
que apura denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-ministro Silvio
Almeida, que comandava o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH).
O depoimento da vítima terminou no fim da manhã desta
quarta-feira (2) e seguirá sigiloso, de acordo com a assessoria de Anielle. A investigação foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo
Tribunal Federal (STF), no dia 17 de setembro, com base em apuração preliminar
da PF.
Ao abrir o inquérito, o magistrado entendeu que o caso devia
tramitar na Suprema Corte, uma vez que as acusações ocorreram quando Almeida
ocupava o cargo de ministro.
OUTRAS VÍTIMAS – As acusações contra Silvio Almeida foram tornadas públicas no
dia 5 de setembro de 2024, pelo portal de notícias Metrópoles, e confirmadas
pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas
de assédio sexual.
Na ocasião, a entidade não revelou nomes ou outros detalhes
do caso, mas afirmou que atendeu mulheres que asseguram ter sido assediadas
sexualmente pelo ex-ministro. Conforme as acusações, a ministra Anielle Franco
estaria entre as vítimas. Após o caso ganhar repercussão na imprensa, Silvio
Almeida foi demitido pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por meio de nota, emitida logo após as denúncias virem à
tona, o ex-ministro disse repudiar, “com absoluta veemência”, as acusações, às
quais ele se referiu como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de
prejudicá-lo.
No comunicado, o então ministro avaliou que “toda e qualquer
denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.
*Com informações da
Agência Brasil.