A Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia (Sesab), confirmou, nesta quarta-feira (25), o sexto caso de botulismo no
estado. A ocorrência estava em investigação.
Do total de pacientes infectados, três
permanecem hospitalizados, um recebeu alta médica e os outros dois evoluíram a
óbito. No ano passado, foram registrados dois casos da doença, que é causada pela
toxina da bactéria Clostridium botulinum.
Os
sintomas mais comuns são: náuseas; vômitos; queda das pálpebras superiores;
visão dupla; fraqueza muscular nos membros superiores e inferiores;
dificuldade para respirar; e paralisia dos músculos respiratórios. A
doença é grave e pode levar à morte rapidamente.
O alerta sobre a epidemia no estado
foi divulgado, nesta terça-feira (24), pela médica infectologista Clarissa
Cerqueira. Os pacientes acometidos são oriundos de Campo Formoso, Salvador,
Cícero Dantas, Ribeiro do Pombal e Senhor do Bonfim.
Segundo Eleuzina Falcão, coordenadora
de Doenças e Agravos Transmissíveis da Sesab, “no processo de investigação,
realizado através de prontuários visitas domiciliares e até entrevista com
pacientes, foi verificado que, nos casos, houve uma fonte comum de alimento”, em
referência à mortadela de frango. O produto foi identificado como um possível
vetor em quatro casos.
A Sesab destacou, ainda, que disparou
um alerta para toda a rede de serviço e para o Ministério da Saúde (MS) acerca
do aumento do número de ocorrências no estado. “É importante chamar atenção que
o botulismo é uma doença rara, continua sendo uma doença rara, mas, de qualquer
sorte, é importante procurar a unidade de saúde para diagnóstico. Bem como ter
aquele cuidado que a gente sempre orienta com relação ao consumo de produtos
industrializados”, disse Eleuzina Falcão.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS – O botulismo é transmitido
por meio da ingestão de alimentos contaminados. A proliferação do agente
causador da doença é favorecida em processos de produção e conservação
inadequados dos alimentos.
O Ministério da Saúde enfatiza que a toxina botulínica afeta o sistema
nervoso, podendo desencadear uma série de complicações, como: paralisia flácida
aguda, simétrica, descendente; insuficiência respiratória, dificuldade para
falar e deglutir alimentos sólidos e líquidos; fraqueza de longa duração;
fadiga; visão turva; dentre outros.
PREVENÇÃO – É possível
prevenir o botulismo lavando e desinfetando superfícies, utensílios e
equipamentos usados na preparação de alimentos; utilizando água tratada para
consumo (filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de
sódio a 2,5% para cada litro de água e aguardar por 30 minutos antes de usar).
Evitar a
ingestão de alimentos em conserva se os recipientes estiverem estufados ou
amassados é outra medida crucial. Não consumir conservas oriundas de potes de
vidro embaçados ou de embalagens danificadas, com alterações no cheiro e na
aparência também. Além disso, é crucial não comer produtos de origem
desconhecida ou clandestinos.
Lavar
sempre as mãos; conservar os alimentos em geladeira, evitando a exposição em
temperatura ambiente; reaquecer as sobras alimentares; orientar a fervura dos
alimentos por, pelo menos, dez minutos, como forma de inativação da toxina,
também são imprescindíveis.
*Com informações do Bahia Notícias.