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Juíza que decretou prisão de Gusttavo Lima já foi alvo de acusações por manipulação de processos

24 de Setembro de 2024 | 07h 31
Juíza que decretou prisão de Gusttavo Lima já foi alvo de acusações por manipulação de processos
Foto: Reprodução/Instagram


A juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, responsável pela recente decretação da prisão do cantor Gusttavo Lima em uma investigação sobre apostas online, já enfrentou acusações relacionadas à manipulação de processos originados de inquéritos policiais. A denúncia contra a magistrada foi protocolada em janeiro de 2014 pela subseção da OAB de Vitória de Santo Antão, município onde Andrea atuava na época.


De acordo com uma nota divulgada pela OAB-PE na época, Washington Luís Macêdo de Amorim, então presidente da OAB de Vitória de Santo Antão, criticou a forma como os processos estavam sendo distribuídos nas duas varas da cidade. Ele alegou que a distribuição deveria ser feita por sorteio, e não de maneira impositiva, como, segundo ele, vinha sendo determinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, sem respaldo legal.


Ainda segundo a nota, uma funcionária do judiciário teria se recusado a realizar a distribuição dirigida dos processos para a juíza, seguindo orientação do juiz diretor do foro. No entanto, a funcionária alegou ter sido moralmente coagida por Andrea a proceder de forma irregular.


Pedro Henrique Reynaldo Alves, presidente da OAB-PE na época, também se posicionou, afirmando que a conduta da juíza era "incompatível com a dignidade da magistratura" e violava os princípios constitucionais da moralidade e legalidade.


Em resposta às acusações, a juíza Andrea Calado da Cruz declarou que, em seus 21 anos de magistratura, quase todos dedicados à área criminal, sempre agiu de forma independente, ressaltando que sua única subordinação é à Constituição Federal e às leis brasileiras. Ela acrescentou que, embora algumas de suas decisões possam desagradar "criminosos e aqueles que não respeitam o Estado de Direito", isso não a intimida ou desvia do compromisso com a verdade e a justiça.


A magistrada reafirmou que seu foco permanece na busca pela equidade e na aplicação correta da lei, garantindo que sua atuação continuará pautada por esses princípios.

 

  



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