Na manhã desta terça-feira (10), três pessoas foram presas durante a "Operação Agno", suspeitas de envolvimento no assassinato de Agnelo Vilela de Oliveira, conhecido como Agno, um vendedor de gás de cozinha. O crime ocorreu em julho de 2023, em Santo Estêvão, a 180 km de Salvador, quando Agno foi morto com um tiro na cabeça enquanto trabalhava no comércio da família, sem chance de defesa.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os suspeitos faziam parte de uma organização criminosa cujo objetivo era dominar o mercado local e eliminar a concorrência no comércio de água e gás de cozinha (GLP) na região.
Além dos três presos na operação, outras três pessoas, incluindo dois policiais civis, foram apontadas como envolvidas em um esquema de extorsão mediante sequestro contra o comerciante, que teria ocorrido quase dois meses antes de sua morte. A investigação revelou que Agno foi levado por policiais civis e mantido em cárcere na Delegacia de Polícia de Santo Estêvão até que a família pagasse uma quantia de R$ 2 mil. Os policiais envolvidos foram afastados de suas funções pela Justiça, a pedido do Ministério Público da Bahia (MPBA). As denúncias estão sob sigilo.
A operação, conduzida pelo MPBA em conjunto com a SSP, também resultou no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em Salvador, Simões Filho, Salinas da Margarida, Feira de Santana e Santo Estêvão. Celulares, documentos, armas e munições foram apreendidos. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal da Comarca de Santo Estêvão, e os nomes dos presos não foram divulgados.
FONTE: G1 Bahia