A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu, na manhã desta sexta-feira (6), iniciar um procedimento administrativo para investigar a conduta do ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida. A decisão, tomada por unanimidade, ocorreu após uma reunião extraordinária convocada para abordar as recentes denúncias de assédio sexual contra o ministro. As acusações foram apresentadas pela organização Mee Too Brasil, que apoia vítimas de violência sexual, embora Almeida negue veementemente essas alegações.
Em comunicado divulgado hoje, a Comissão não estipula um prazo para a resposta do ministro. A nota, emitida após a 27ª Reunião Extraordinária da Comissão de Ética Pública (CEP), destaca: “Sobre as notícias veiculadas nos últimos dois dias acerca de supostos casos de assédio sexual envolvendo o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, e em resposta a ofício recebido do próprio Ministério, o Colegiado decidiu, por unanimidade, abrir um procedimento preliminar para solicitar esclarecimentos ao Ministro sobre os fatos relatados”.
As denúncias ganharam destaque na tarde de quinta-feira (5) após serem publicadas pela coluna Guilherme Amado, do portal Metrópoles. O colunista mencionou que Anielle Franco, Ministra de Igualdade Racial, seria uma das supostas vítimas de Almeida.
Em uma declaração divulgada em suas redes sociais na quinta-feira, Silvio Almeida refutou as acusações, descrevendo-as como “ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.” Ele acrescentou: “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo disseminadas contra mim. Repudio essas acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano, em meio à luta que travo diariamente em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.”