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Saúde

SUS passará a custear novo remédio para tratamento de neuroblastoma

06 de Setembro de 2024 | 11h 03
SUS passará a custear novo remédio para tratamento de neuroblastoma
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou, nesta quinta-feira (5), a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Com isso, o fármaco passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado, pelo menos, uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células-tronco.

O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à apreciação da Conitec no último mês de janeiro, pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.

Tipo de câncer que se desenvolve, principalmente, em crianças menores de cinco anos de idade, o neuroblastoma é o terceiro mais recorrente, depois da leucemia e dos tumores cerebrais.

A doença nasce a partir das células nervosas, em várias partes do corpo, como pescoço, tórax, abdômen ou pélvis, mas é mais comum nos tecidos da glândula suprarrenal.

Os sintomas variam de acordo com a parte do corpo afetada. No abdômen, provoca dor abdominal, aparecimento de massa endurecida sob a pele; alterações nos hábitos intestinais, como diarreia frequente; e inchaço nas pernas. No tórax, desencadeia chiado no peito; dores locais; mudanças nos olhos, inclusive pálpebras caídas e pupilas de tamanhos desiguais.

Além destes, para ambos os tipos, podem apresentar os seguintes sintomas: pedaços de tecido sob a pele; globos oculares que parecem estar deslocados para frente (proptose); olheiras escuras; dores nas costas; febre; perda inesperada de peso; dor nos ossos.

O tratamento é de alto custo. Indicado para casos de alto risco ou recidiva, o remédio chega a custar cerca R$ 2 milhões. Ele já foi utilizado em mais de mil pacientes oriundos de 18 países. Conforme o fabricante, o fármaco melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

CAMPANHA – Em janeiro de 2024, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira (assassinado, junto com o jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, no Extremo Oeste do Amazonas, em junho de 2022), chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS.

Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família do garoto se uniu a outras que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

Na reunião da Conitec desta quinta-feira, também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica. Confira outras deliberações da comissão clicanco aqui!

 

 

*Com informações da Agência Brasil. 



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