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Segurança

Influenciador baiano e rifeiro são presos em operação contra lavagem de dinheiro e jogos de azar

05 de Setembro de 2024 | 11h 17
Influenciador baiano e rifeiro são presos em operação contra lavagem de dinheiro e jogos de azar
O influenciador Ramhon Dias e o rifeiro Nanam são suspeitos de envolvimento com organização criminosa - (Fotos: Reproduções/Redes sociais)

O influenciador Ramhon Dias e o rifeiro José Roberto, mais conhecido como Nanam Premiações, foram presos, nesta quinta-feira (5), pela Polícia Civil da Bahia (PCBA), em Salvador, no âmbito da Operação Falsas Promessas, que investiga uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro do tráfico de drogas por meio de jogos de azar.

Conhecidos nas redes sociais pela divulgação de rifas e premiações, os baianos, juntos, têm quase 2 milhões de seguidores em apenas uma delas. Um dos prêmios prometidos nos sorteios chegou a R$ 400 mil.

Além deles, outras 12 pessoas foram presas, na capital baiana, durante a mesma ação policial. Extensiva a outros estados, a operação também cumpriu ordens judiciais de detenção em Goiás, onde cinco investigados foram presos, e no Ceará, onde os agentes realizaram uma prisão.

Nas residências onde os alvos das investigações foram presos, os policiais apreenderam dezenas de veículos de luxo, relógios, armas de fogo, munições, celulares, roupas e bolsas de grife, além de dinheiro em espécie.

Um dos envolvidos foi morto durante a ação. A corporação detalhou que, em um dos endereços, um suspeito resistiu à prisão e trocou tiros com os agentes. Ele acabou baleado e morreu.

Alvo prioritário da operação, o homem foi identificado como Sueliton de Almeida Coelho. Ele era acusado de chefiar o tráfico de drogas no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, e tinha mandado de prisão expedido pela Justiça.

Segundo a corporação, Sueliton Coelho comandava toda a logística de distribuição de drogas e armas de uma das maiores facções em atuação na capital baiana. Com ele, foi apreendida uma pistola turca, arma de alto valor comercial, com kit rajada e mira a laser.

Na Bahia, 200 policiais participaram da ação, que também investiga envolvidos no tráfico de drogas nas cidades de Juazeiro, Santo Antônio de Jesus e São Felipe.

A operação foi chefiada realizada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), que contou com o apoio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic); do Departamento de Inteligência Policial (DIP); do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP); e do Departamento de Polícia do Interior (Depin).

Também colaboraram a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core); a Coordenação de Operações de Polícia Judiciária (COPJ), a Corregedoria da Polícia Civil (Correpol); e as polícias civis dos estados de Goiás, Ceará e Espírito Santo.

os suspeitos – Ramhon Dias ficou famoso nas redes sociais apresentando-se como empresário. Ele se autodenominava "máquina de prêmios". Na manhã de hoje, ele apagou todas as fotos de seu perfil oficial. Antes disso, ele havia compartilhado fotos e vídeos divulgando um sorteio de R$ 400 mil, além de uma frase religiosa.

No último mês de julho, o influencer foi baleado, no bairro de Vale dos Lagos, em Salvador. Imagens oriundas de câmeras de segurança mostram o momento em que um homem se aproxima do influenciador e dispara.

Ramhon Dias chegou a correr, para tentar fugir dos tiros, mas acabou perseguido e ferido, sem gravidade, no braço. Ele foi socorrido para o Hospital São Rafael, no bairro São Marcos. Na ocasião, a Land Rover do influenciador ficou crivada de balas.

José Roberto, por sua vez, tem 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. O famoso “Nanam Premiações” sorteia iPhones, motos e carros de luxo, a exemplo dos modelos T-Cross, Jeep Compass e Mini Cooper, que custam, respectivamente, R$ 119 mil, R$ 182 mil e R$ 239 mil.

Em uma de suas publicações, o rifeiro escreveu: "que minhas conquistas sirvam de inspiração para os menores que sonham assim como eu sonhei em um dia em ter um carro na hora, uma moto na hora".

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, por meio de rifas ilegais, a organização criminosa chegou a movimentar R$ 500 milhões.

 

 

 

*Com informações do g1 BA.



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