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Educação

Estudantes baianos usam folha da goiabeira para desenvolver protetor solar

11 de Junho de 2024 | 11h 54
Estudantes baianos usam folha da goiabeira para desenvolver protetor solar
Foto: Ascom/Secti

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), lesões tumorais malignas de pele são os mais comuns, no Brasil, com incidência de mais de 175 mil novos casos por ano. Para prevenir a doença, um item é essencial: o protetor solar. E alunos do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Jacuípe III conseguiram a proeza de desenvolver um produto deste tipo a partir das folhas de uma planta muito comum no país: a goiabeira.

De acordo com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), ao observarem as propriedades fotoprotetoras das folhas da goiabeira, Edna Daltro, Geovana Thaís, Ana Carolina, Ana Cecília e Hadrian Raphael, sob orientação de Marília Sousa, desenvolveram um protótipo de protetor solar com a planta, para oferecer uma solução de baixo custo à população.

A estudante Geovana Thaís revelou como surgiu a ideia de desenvolver o produto usando o Psidium guajava, nome científico da folha da goiaba. “A partir do estudo que tivemos sobre as propriedades da folha, vimos que, além de seus múltiplos benefícios, ela tinha uma ótima capacidade fotoprotetora, que nada mais é do que a capacidade de um produto ou substância de proteger a pele contra danos causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol”, detalhou.

A pesquisa mostrou que a folha da goiabeira tem diversos compostos capazes de combater a radiação Ultravioleta (UV). “O ácido ascórbico, conhecido como vitamina C, é um antioxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres gerados pela exposição ao sol, reduzindo o dano oxidativo na pele. O licopeno, que é um pigmento antioxidante responsável pela cor vermelha da goiaba, também pode ajudar a proteger a pele contra os danos causados pela radiação UV. Além disso, temos os flavonoides, que são compostos vegetais com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, capazes de proteger a pele contra os danos solares”, explicou a estudante.

Segundo ela, o produto é sustentável, natural e não contém conservante ou outro tipo de matéria-prima que possa agredir a pele. “Usamos como base principal o extrato da Psidium guajava. Fizemos um teste em luz natural, porém, para maior segurança e comprometimento, é necessário um teste laboratorial, onde realmente iremos ver o seu nível de capacidade fotoprotetora. Em relação a outros produtos, o nosso fotoprotetor pode ser mais acessível pelo fácil acesso da sua composição", disse, enfatizando que o projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação (SEC).

BAHIA FAZ CIÊNCIA – Ainda conforme a Secti, estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação, de modo a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros.

As matérias são divulgadas, semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. O órgão destaca, ainda, que se alguém conhecer algum assunto que poderia virar pauta desse projeto, pode enviar as recomendações através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.



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