Acusado também tentou simular suicídio da vítima
O homem que estuprou e matou Cíntia Maria da Silva, em novembro de 2020, em Paulo Afonso, no Norte
da Bahia, foi condenado a 26 anos e oito meses de prisão. O julgamento
aconteceu no último dia 25 de abril.
De acordo com a Polícia Civil (PC), Carlos Antônio dos Santos também modificou a cena do crime, no intuito de
fazer os investigadores acreditarem que sua ex-companheira havia cometido
suicídio. O suspeito foi preso dois meses depois do assassinato, em
janeiro de 2021.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou que o
réu foi sentenciado por estupro seguido
de feminicídio por asfixia. O órgão também destacou que o acusado cometeu os crimes
por motivo torpe e que a fraude processual também pesou na condenação.
De acordo com o órgão, as investigações apontaram que o
homicídio aconteceu tempos depois de a vítima decidir pelo fim do casamento e
mudar de emprego. Quando foi morta, Cíntia
já havia recomeçado sua vida e estava em um novo relacionamento.
O MP detalhou, ainda, que Carlos Antônio asfixiou a vítima dentro
de sua casa, no bairro Moxotó. O condenado teria estrangulado a ex-companheira com
um laço feito com um lençol.
Além disso, teria apagado as marcas da violência deixadas nos
objetos da casa e atado a vítima, pelo pescoço, tendo, posteriormente, amarrado
o lençol a uma coluna da escada. Forjada a cena, o acusado teria chamado a
polícia.
Conforme o órgão, aos agentes da segurança pública, Carlos
Antônio disse já ter encontrado a ex-companheira suspensa e que, ao ver a cena
de "suicídio", teria cortado o tecido com uma faca, com o objetivo de
“salvá-la”.
Imagens captadas pelas câmeras de segurança do condomínio
mostraram que o acusado transportou um colchão na mala do carro. Os
investigadores também descobriram manchas de sangue no volante do veículo.
Na época, testemunhas disseram que a vítima, quando casada
com o suspeito, sofria maus-tratos, tendo sido agredida em diversas ocasiões.