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Educação

TIETASAURA DERBYIANA: cientistas da Uerj identificam nova espécie de dinossauro que viveu na Bahia

19 de Abril de 2024 | 11h 36
TIETASAURA DERBYIANA: cientistas da Uerj identificam nova espécie de dinossauro que viveu na Bahia
Foto: Thales Nascimento/Divulgação

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) identificaram uma nova espécie de dinossauro que teria vivido no Brasil. O estudo aponta o Recôncavo baiano como o local preciso habitado pelo animal pré-histórico.

Em função disso, o espécime foi batizado Tietasaura derbyiana, em homenagem à personagem-título do romance “Tieta do Agreste”, escrito por Jorge Amado. O nome também faz menção ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. Ele foi um dos pioneiros da paleontologia brasileira.

Segundo o portal de notícias g1, a Uerj informou, ainda, que a pesquisa revelou, também, os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul, "proporcionando apontamentos valiosos sobre a fauna pré-histórica da região".

Coordenada pelas pesquisadoras Kamila Bandeira e Valéria Gallo, do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da universidade estadual carioca, a equipe de paleontólogos analisou fósseis coletados, entre 1859 e 1906, na Bacia do Recôncavo, unidade geológica localizada no Nordeste do Brasil.

Os referidos materiais eram considerados perdidos, mas foram encontrados, recentemente, no Museu de História Natural de Londres. A análise possibilitou a identificação da nova espécie, a primeira no Brasil de um dinossauro do grupo dos ornitísquios. Esta ordem de herbívoros se caracterizava pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis, que se assemelhava à das aves.

Para Kamila Bandeira, “os achados descritos nesta pesquisa representam não apenas uma das faunas de dinossauros mais diversas deste intervalo de tempo, mas também uma descoberta histórica importante”.

Ela enfatiza que “as ocorrências de dinossauros em depósito Pré-Barremiano, ou seja, de cerca de 130 milhões de anos atrás, são raras, mundialmente falando, e consideradas produto de uma escassez global de depósitos continentais desse período”.

Conforme o g1, os resultados do estudo foram publicados, este mês, no periódico científico Historical Biology, fornecendo novas perspectivas sobre a evolução e diversificação dos dinossauros. Destacaram, também, a necessidade de preservar coleções históricas para o avanço da ciência.



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